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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 8. Educação Matemática
GEOMETRIA DESCRITIVA: REPRESENTAÇÕES ESPACIAIS DOS ALUNOS DAS SÉRIES INICIAIS
Andrea Patrocínio 1 (apolira@ig.com.br), Ana Gabriela de Souza Lima Seal 1, Ana Catarina Cabral 1, Ana Claudia Tavares 1, Juliana Coelho 1, Juliana Cunha 1 e Gilda Lisbôa Guimarães 2
(1. Graduanda do curso de Pedagogia da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE; 2. Profa. Dra. do Depto.de Método e Técnica da Universidade Federal de Pernambuco)
INTRODUÇÃO:
A partir de pesquisas sobre o ensino de Geometria nas séries iniciais, mais particularmente sobre a Visão Espacial da Geometria descritiva, nos propusemos a investigar tal aspecto através de diagnoses aplicadas a alunos que integram o ensino fundamental das séries iniciais, incluindo a EJA.Partindo do pressuposto de que o indivíduo é o construtor de seus conhecimentos e que conta com influências externas e internas para esta construção, começamos esta refletindo um pouco sobre representações espaciais, o que são, como é tratado este conceito e seu ensino nas séries iniciais. Em seguida, analisaremos os desenhos dos ambientes realizados por crianças e adultos em fase escolar tentando entender tais representações. Posteriormente refletiremos sobre algumas atividades que podem contribuir para o desenvolvimento desta capacidade geométrica. Acreditamos que com isto estaremos contribuindo para uma melhoria da qualidade do ensino de Geometria, muitas vezes deixado às margens da Educação matemática nas séries iniciais, e colaborando para o aperfeiçoamento do profissional da educação, fazendo com que este reflita sobre suas práticas e, através de pesquisas que cunho científico, possa modificar e melhorar a qualidade das aulas elaboradas, proporcionando aos seus alunos momentos de construção dos conhecimentos
METODOLOGIA:
Propomos, aos indivíduos, que representassem, em desenho, o ambiente onde se encontravam, alertando-os para os detalhes e objetos inseridos neste. Realizamos a atividade com três alunos da educação infantil, oito das séries iniciais do ensino fundamental e seis de educação de jovens e adultos, de escolas públicas municipais do Recife. Num total de 17 participantes. Em seguida, analisamos suas representações do espaço em que estavam inseridos e refletimos sobre elas e em sobre quais atividades ajudariam os alunos a desenvolverem este conceito.
RESULTADOS:
Muitos indivíduos procuraram representar o plano tridimensional fazendo cortes verticais. Porém, desenhavam, nestes, as paredes e tetos dos locais. Outra ocorrência encontrada foi o corte horizontal , utilizado por arquitetos e outros profissionais em planta baixa, apresentando também, as paredes dos ambientes em que estavam situados. Os indivíduos sentiam mais dificuldades em ordenar os objetos no plano bidimensional, de acordo com o tridimensional, quando não estabeleciam critérios de representação.
CONCLUSÕES:
Verificamos, nesta pesquisa, o grande esforço dos indivíduos para se expressar através de uma representação de um ambiente. Mas, nestas representações pudemos perceber que os indivíduos possuem bastante dificuldades em lidar com a demanda de planos a serem representados de forma bidimensional e tentam, com incertezas, ordená-los para que se tornem compreensíveis.e que é necessário desenvolver algumas habilidades visuais e táteis. Tais como: desenhar, construir, copiar, ampliar, combinar ou modificar objetos. O indivíduo tem que sentir-se parte do espaço, já que este é um dos pontos de partida da Geometria. Sendo necessário desenvolver no aluno suas noções de lateralidade e sua coordenação viso-motora. As nomenclaturas das figuras planas pouco ou nada influem na representação espacial realizada pelos indivíduos.
Instituição de fomento: Prefeitura da Cidade do Recife
Palavras-chave:  geometria; visão espacial; representações espaciais.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005