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A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 4. Química de Produtos Naturais | ||
AVALIAÇÃO DO PERFIL CROMATOGRÁFICO E DA TOXICIDADE DOS CHÁS DAS FOLHAS DE Campomanesia xanthocarpa | ||
Glauce Kelly Ferreira Alves 1 (glkelly_fa1@hotmail.com) e Claudia Andrea Lima Cardoso 1 | ||
(1. Curso de Química, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UEMS) | ||
INTRODUÇÃO:
O gênero Campomanesia xanthocarpa, pertence à família Myrtaceae, de nome popular guavira ou guabiroba, é uma espécie nativa e de grande abundância na região do Cerrado. As folhas de guavira são utilizadas no tratamento da gripe, como antiinflamatória e anti-séptica das vias urinárias. Apesar das plantas apresentarem estas propriedades medicinais indicadas pela população, poucos são as pesquisas realizadas em relação a parte química e farmacológica. No estudo de atividades biológicas em extratos vegetais, é importante a seleção de bioensaios para a detecção do efeito específico. Estes devem ser simples, sensíveis e reprodutíveis. O ensaio realizado com os microcrustáceos marinhos Artemia salina, permitem avaliar a toxicidade geral da planta. Este é e considerado um bioensaio preliminar no estudo de extratos e metabólitos com potencial biológico. |
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METODOLOGIA:
Neste trabalho foram avaliados empregando Artemia salina os chás das folhas frescas, das folhas após secagem em estufa e das folhas após secagem ao sol de Campomanesia xanthocarpa. Os chás foram preparados empregando 1g de folhas frescas em 20 ml de água fervente permanecendo em contato durante 5 minutos sob fervura (chá 1), 1g de folhas frescas em 40 ml de água fervente permanecendo em contato durante 5 minutos sob fervura (chá 2), 1g de folhas secas em estufa em 20 ml de água fervente e permanecendo em contato durante 5 minutos sob fervura (chá 3), 1g de folhas secas em estufa em 40 ml de água fervente e permanecendo em contato durante 5 minutos sob fervura (chá 4), 1g de folhas secas ao sol em 20 ml de água fervente e permanecendo em contato durante 5 minutos sob fervura (chá 5), 1g de folhas secas ao sol em 40 ml de água fervente e permanecendo em contato durante 5 minutos sob fervura (chá 6). Para o teste empregando Artemia salina foi utilizada a metodologia de Meyer adaptada. Cerca de 10 larvas de Artemia salina foram transferidas para tubos de ensaio contendo 4,5 ml de água artificial do mar (solução salina – 38 g/l de NaCl) e 0,5ml do chá a ser testado. Os testes foram feitos em triplicata. A contagem dos animais mortos e vivos foi realizada após 24 h. Foi empregada cromatografia em camada fina para avaliar o perfil cromatográfico das diferentes amostras. Foi empregado como revelador para-anisaldeido, UV e vapores de iodo. |
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RESULTADOS:
Pelos resultados obtidos a letalidade foi de 100% nos chás 1 e 2, 40% no chá 3, 20% no chá 4, 50% no chá 5 e 30% no chá 6. Estes resultados indicam que as folhas frescas apresentaram uma maior toxicidade nos chás estudados e que esta diminui sensivelmente após os processos de secagem. Também foi verificado um perfil cromatográfico diferenciado para os chás 3, 4, 5 e 6 em relação aos chás 1 e 2, o que talvez tenha implicado na redução da letalidade dos chás após secagem. Os chás 1 e 2 apresentaram três manchas nas placas cromatográficas que não estavam presentes nas demais amostras, o que pode representar três ou mais substâncias presentes nos chás 1 e 2 em relação aos demais. As folhas apresentaram um teor de umidade de 8% em ambas as secagens. |
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CONCLUSÕES:
A alta letalidade nos chás 1 e 2 pode ser atribuída à presença nestes de outras substâncias que não foram detectadas nos demais chás analisados e que a concentração dos chás esta diretamente ligada à toxicidade dos microcrustáceos. |
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Instituição de fomento: FUNDECT e UEMS | ||
Palavras-chave: Campomanesia xanthocarpa; Artemia salina; guavira. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |