IMPRIMIR VOLTAR
G. Ciências Humanas - 8. Psicologia - 7. Psicologia do Ensino e da Aprendizagem
CONCEITUANDO A HISTÓRIA NO ENSINO FUNDAMENTAL I: UM TRABALHO PSICOPEDAGÓGICO.
Cybelle Santos de Souza 1 (cybass@ig.com.br), Anderson Urbano Cunha 1, Renata Viana Araújo 1, Jullyane Chagas Barboza Brasilino 1, Débora Daniele da Rocha Albuquerque 1, Tathtyane Gleice da Silva 1, Ana Luiza Ferreira Correia 1 e Telma Costa de Avelar 1
(1. Depto. de Psicologia, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE)
INTRODUÇÃO:
Atualmente, a maioria dos historiadores está de acordo em que a história não é uma tarefa de classificar acontecimentos seguindo uma ordem cronológica, mas uma atividade cognitiva que implica em inferências lógicas por parte de alunos e professores. Observa-se, contudo, que a história continua sendo ensinada, tendo por base um modelo tradicional de ensino que a focaliza como disciplina de fatos passados. Nesse sentido, a inserção do psicólogo no âmbito escolar pode contribuir para uma mudança nesse quadro, proporcionando aos professores condições de refletirem sobre a prática pedagógica por eles adotada, e oportunizando também uma reflexão voltada para a importância de compreender e relacionar o contexto sócio-cultural, em que estão inseridos seus alunos, com os conteúdos abordados em sala de aula.Diante de tal problemática, o presente trabalho, desenvolvido por sete alunos e uma professora, todos pertencentes ao curso de graduação em Psicologia da UFPE, constitui-se num trabalho de formação continuada com o objetivo de desenvolver um trabalho de intervenção junto à professoras do Ensino Fundamental I , tendo como referência a disciplina História. Tem-se o intuito de propiciar o estabelecimento de uma relação professor-aluno, de modo a favorecer o desenvolvimento de conceitos históricos. Tais conceitos são fundamentais para uma tomada de consciência, através da qual os alunos possam se compreender enquanto agentes históricos da construção da cidadania.
METODOLOGIA:
Contamos com a participação de quatro professoras e de aproximadamente, cento e vinte alunos de uma escola pública do Recife. Num primeiro momento, realizou-se reuniões quinzenais com as professoras envolvidas, no intuito de conhecer e refletir as dificuldades, por elas mencionadas, no que diz respeito ao ensino de História. Em seguida, fez-se intervenções junto aos alunos, em sala de aula, onde, através de equipamentos lúdicos e atividades psicopedagógicas, buscou-se verificar qual a noção, acerca do conceito de História, teria sido assimilada por estes alunos. Todo material coletado, durante estas atividades, tanto com as professoras quanto com os alunos, foram, posteriormente, analisadas, em reuniões semanais, pela equipe, sob a coordenação da professora responsável pela orientação deste trabalho. Realizaram-se ainda, observações quinzenais em sala de aula, em busca de presenciar a dinâmica da relação professor-aluno, bem como conhecer a prática pedagógica adotada por cada professora durante as aulas de História.
RESULTADOS:
Mediante a intervenção junto às professoras, observou-se uma postura crítica sobre a prática pedagógica adotada por elas, com relação ao ensino de História. As mesmas demonstraram, em suas colocações nas reuniões, uma preocupação com a necessidade de que os alunos tenham uma compreensão dinâmica da História e, assim, percebam-se como responsáveis pela construção histórica. Tal preocupação pode ser observada na seguinte fala: ²Preciso fazer com que eles entendam que História também está no presente.”. Foi demonstrada, também, uma consideração pelo conhecimento prévio dos alunos, ou seja, aqueles conceitos pertencentes ao cotidiano do aluno que, de alguma maneira, pode ser trabalhado em sala. Um outro produto deste trabalho com as professoras foi evidenciado mediante uma preocupação demonstrada pelas mesmas, de trabalhar os conceitos históricos no sentido de ampliá-los. No tangente à investigação acerca do conceito de História apresentado pelos alunos, foi possível agrupar tais respostas de acordo com as seguintes categorias de análise; ( 1) História enquanto disciplina da escola: ²É um tema que a tia dá na sala”; (2) Histórias infantis ²Era uma vez um menino que se chamava Paulo...”; (3) História enquanto relato de uma criação particular: ²É quando a gente salva alguém ou leva um corte...”; (4) História relacionada a fatos: ²Quando a Princesa Isabel libertou os escravos”; (5) Respostas evasivas: ²É felicidade para as outras crianças.”; (6) Respostas não classificadas.
CONCLUSÕES:
Mediante a intervenção junto às professoras, observou-se uma postura crítica sobre a prática pedagógica adotada por elas, com relação ao ensino de História. As mesmas demonstraram, em suas colocações nas reuniões, uma preocupação com a necessidade de que os alunos tenham uma compreensão dinâmica da História e, assim, percebam-se como responsáveis pela construção histórica. Tal preocupação pode ser observada na seguinte fala: ²Preciso fazer com que eles entendam que História também está no presente.”. Foi demonstrada, também, uma consideração pelo conhecimento prévio dos alunos, ou seja, aqueles conceitos pertencentes ao cotidiano do aluno que, de alguma maneira, pode ser trabalhado em sala. Um outro produto deste trabalho com as professoras foi evidenciado mediante uma preocupação demonstrada pelas mesmas, de trabalhar os conceitos históricos no sentido de ampliá-los. No tangente à investigação acerca do conceito de História apresentado pelos alunos, foi possível agrupar tais respostas de acordo com as seguintes categorias de análise; ( 1) História enquanto disciplina da escola: ²É um tema que a tia dá na sala”; (2) Histórias infantis ²Era uma vez um menino que se chamava Paulo...”; (3) História enquanto relato de uma criação particular: ²É quando a gente salva alguém ou leva um corte...”; (4) História relacionada a fatos: ²Quando a Princesa Isabel libertou os escravos”; (5) Respostas evasivas: ²É felicidade para as outras crianças.”; (6) Respostas não classificadas.
Instituição de fomento: PRO-REITORIA DE EXTENSÃO - PROEXT/UFPE
Palavras-chave:  Prática pedagógica; Avaliação contínua; Senso crítico.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005