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C. Ciências Biológicas - 5. Ecologia - 4. Ecologia | ||
FLORAÇÃO, FRUTIFICAÇÃO E SÍNDROMES DE DISPERSÃO EM UM FRAGMENTO DE CERRADO NA APA DO CATOLÉ, MACEIÓ - AL. | ||
Edilane Ribeiro Barbosa 2, 3 (erinha_ribeiro@ig.com.br), Flávia de Barros Prado Moura 1, 2, 3 e Lilian da Silva Pereira 2, 3 | ||
(1. Depto. Botânica, Universiade Federal de Alagoas - UFAL.; 2. Setor de Ecologia, Museu de História Natural - UFAL; 3. Universiadade Federal de Alagoas) | ||
INTRODUÇÃO:
O presente trabalho tem com objetivos observar as principais épocas de floração e frutificação das espécies, e fazer uma análise descritiva das síndromes de dispersão apresentadas por plantas com diferentes hábitos da área de tabuleiro (Cerrado) da Área de Proteção Ambiental (APA) do Catolé e Fernão Velho – Alagoas. |
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METODOLOGIA:
A APA do Catolé e Fernão Velho trata-se de uma Unidade de Conservação que se avizinha à cidade de Maceió, abrangendo partes do município de Maceió, Satuba, Rio largo, Santa Luzia do Norte e Coqueiro Seco, até o estreitamento da Lagoa Mundaú. A área estudada consistiu exclusivamente da porção da APA com vegetação nativa, situada sobre o tabuleiro, o qual encontra-se recoberto pelo cerrado, entremeado por manchas esparsas de vegetação florestal. O clima da região varia de úmido até semi-úmido, apresentando o regime de chuvas com periodicidade bem definida, com o período mais chuvoso indo de março a agosto e o período menos chuvoso de setembro a fevereiro. Foram realizadas excursões mensais durante os meses de maio a dezembro de 2004 coletando-se aleatoriamente todo o material fértil encontrado. De acordo com a síndrome apresentada, os frutos foram caracterizados em: zoocóricos – dispersão por animais, quando estes apresentavam carnosos, com cores vibrantes ou com presença de ganchos; anemocóricos – dispersão pelo vento, quando estes eram pequenos, leves e com a presença de alas ou “plumas”; autocóricos - auto-dispersão. Todo o material botânico coletado foi processado segundo as técnicas usuais de coleta e preparação de material botânico, depositado no herbário MAC do Instituto do Meio Ambiente e identificado com o uso de chaves analíticas e consulta a especialista. |
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RESULTADOS:
Foram analisadas 48 espécies pertencentes a 37 gêneros e 26 famílias, sendo que duas espécies foram apenas identificadas em nível de família. As famílias com maiores números de espécies foram Myrtaceae (5), Melastomataceae (4), Verbenaceae (4), Fabaceae (3) e Malpighiaceae (3), as demais famílias apresentaram uma ou duas espécies. Das 48 espécies 33 encontravam-se em de floração e 35 em frutificação. Os picos de floração e de frutificação ocorreram no período de chuva, com 27 espécies cada. Para o período de seca foram contabilizadas 12 com flor e 13 com fruto. Os frutos encontrados foram apresentaram três modos de dispersão: zoocoria, anemocoria e autocoria. A zoocoria foi o modo mais representado, com 22 das espécies, seguindo da autocoria (6) e da anemocoria (5). Não foi possível a definição do modo de dispersão para Coutobea spicata e Caesalpinaceae1 uma vez que seus frutos encontravam-se muito jovens. A zoocoria foi o modo de dispersão mais representando tanto no período de chuva quanto no período de seca, respectivamente com 16 e 9 espécies. No período chuvoso a autocoria teve 5 espécies e a anemocoria (3). No período considerado seco, a anemocoria foi mais representada do que no período chuvoso com 3, a autocoria foi a menos representada com 1 das espécies. |
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CONCLUSÕES:
A predominância da zoocoria no Catolé revela uma possível interação bastante estreita entre populações de plantas e animais. Uma vez que a mata do Catolé constitui-se num fragmento florestal urbano para a forma nativa na cidade de Maceió. |
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Trabalho de Iniciação Científica | ||
Palavras-chave: floração; frutificação; síndrome de dsipersão. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |