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| D. Ciências da Saúde - 8. Fisioterapia e Terapia Ocupacional - 1. Fisioterapia e Terapia Ocupacional | ||
| ANÁLISE ISOCINÉTICA DA PERFORMANCE MUSCULAR DO COMPLEXO ARTICULAR DO OMBRO EM ATLETAS DE BASQUETEBOL EM CADEIRA DE RODAS DE FORTALEZA-CE. | ||
| Gessiane Hiromi Gonçalves Matsuoka 1 (gessianny@yahoo.com.br), Ana Cristhina de Oliveira Brasil 2, 3, 4, 5 e Michelle Rabelo 2, 6 | ||
| (1. Profa. Substituta do Curso de Fisioterapia, Faculdade Integrada do Ceará - FIC; 2. Profa. Assistente do Curso de Fisioterapia, Faculdade Integrada do Ceará - FIC; 3. Profa. do Curso de Fisioterapia, Universidade de Fortaleza - UNIFOR; 4. Vice-Presidente do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, COFFITO; 5. Mestre em Saúde Pública, Universidade Federal do Ceará - UFC; 6. Mestre em Ciências Fisiológicas, Universidade Estadual do Ceará - UECE) | ||
| INTRODUÇÃO:
O complexo articular do ombro é a articulação mais móvel e instável do corpo humano, tornando-se por esta razão um alvo fácil para possíveis lesões, já que a população de atletas sobre cadeira de rodas necessita constantemente de seus atributos para locomoção. No entanto, é necessário um método diagnóstico confiável para comprovar a veracidade desta afirmação. O método escolhido foi a avaliação isocinética, por sua característica precisa em quantificar os valores de torque, potência e trabalho muscular. O basquetebol em cadeira de rodas é o esporte adaptado mais comumente praticado entre os portadores de deficiência física, esse foi o motivo de extrema importância que facilitou e interferiu na escolha da amostra. O estudo teve como objetivos identificar possíveis desequilíbrios musculares do complexo articular do ombro de atletas de basquetebol em cadeira de rodas através da isocinética, assim como traçar o perfil populacional e antropométrico da população em estudo, visando identificar possíveis lesões de ombro e traçar estratégias preventivas para as mesmas. |
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| METODOLOGIA:
As avaliações foram realizadas no laboratório de Cinesiologia da Faculdade Integrada do Ceará, no período de outubro a novembro de 2004. A amostra foi composta por 8 atletas (n=8) que se submeteram a uma avaliação física e antropométrica, como também à avaliação isocinética. Os movimentos testados isocineticamente foram: rotação externa e interna, flexão, extensão, abdução e adução do ombro. As velocidades utilizadas foram de 60°/seg, 120°/seg e 240°/seg e o número de repetições foram de cinco, cinco e vinte, respectivamente. |
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| RESULTADOS:
Nenhum dos atletas apresentou histórico de lesões de ombro, em sua maioria tiveram déficits de torque, potência e trabalho devido principalmente às lesões pré-existentes, como por exemplo a seqüela de poliomielite. Talvez isto se dê pelo fato de que quase todos sofreram lesão pré-existente ainda na infância. Apenas 2 deles chegaram a andar. Outro fato curioso é que 4 atletas não apresentaram déficit significativo para o movimento de rotação externa e interna, o que representa 50%, porém todos eles (100%) apresentaram déficits significativos para flexão/extensão e abdução/adução, isso só nos confirma que os músculos do manguito rotador são de grande importância na locomoção em cadeira de rodas, e que deixam de atuar apenas como coaptadores da articulação glenoumeral e adquirem outra função muito importante: tornam-se motores primários da articulação do ombro desta população. |
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| CONCLUSÕES:
Acredita-se que devido aos atletas da amostra utilizarem os membros superiores para sua locomoção desde a infância, os grupos musculares dos ombros tenham sofrido algum tipo de adaptação, pois os mesmos não possuem histórico de lesão, mesmo apresentando déficits significativos na maioria das avaliações. O que também se tornou notório através dos resultados das avaliações foi que o grupo muscular dos rotadores externos e internos teve melhor performance que os demais grupos, sugerindo possivelmente que os músculos do manguito rotador deixaram de participar apenas da estabilização e coaptação do ombro e começaram a atuar como músculos importantes na propulsão da cadeira de rodas. |
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| Palavras-chave: ombro; isocinética; basquetebol em cadeira de rodas. | ||
| Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |