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D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 4. Saúde Pública
ACIDENTES DE TRABALHO E SUAS RELAÇÕES COM TEMPO DE EMPREGABILIDADE
Cintia Florêncio Alves 1 (cintiafa@baydenet.com.br), Ingrid Bezerra Costa 1 e Ana Patricia Pereira Morais 1
(1. Dept. de Saúde Pública, Universidade Estadual do Ceará - UECE)
INTRODUÇÃO:
O presente estudo é recorte de uma pesquisa cujo fomento é dado pela Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FUNCAP, que objetiva analisar o processo do trabalho em linha de produção e suas repercussões na saúde mental dos trabalhadores em uma indústria metalmecânica. Neste trabalho objetivamos estudar as possíveis correlações entre acidentes de trabalho e tempo de empregabilidade. Os acidentes de trabalho são de significativa importância no impacto da saúde do trabalhador. Segundo estimativas e dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), no plano mundial, os acidentes do trabalho causaram em 1994 um total de 335 mil mortes em acidentes típicos, que se somam a um total de 158 mil mortes por acidentes de trabalho durante o trajeto e 325 mil mortes por doenças relacionadas ao trabalho, que totalizam 818 mil mortes no ano de 1994. Mesmo com as normas de segurança e inovações tecnológicas na área de saúde do trabalhador, a ocorrência de acidentes de trabalho continua a produzir vítimas que enfrentam dramas na esfera existencial, técnica e jurídica.
METODOLOGIA:
Trata-se de um estudo de natureza quantitativa do qual participaram 241 trabalhadores de uma indústria metalmecânica, de grande porte localizada em um dos municípios da Região Metropolitana de Fortaleza, que responderam integralmente a questionários semi-estruturados para a coleta de dados realizada de janeiro a março de 2005. A participação dos empregados foi voluntária e os resultados tratados com confidencialidade em respeito aos preceitos éticos da pesquisa com seres humanos. Os dados foram analisados à luz da estatística inferencial. Foram utilizados além dos questionários, observação direta e diário de campo.
RESULTADOS:
Foram entrevistados 241 trabalhadores, de ambos os sexos, numa faixa etária entre 17 e 54 anos de idade e com tempo de empregabilidade de menos de 1 (um) mês à mais de 20 anos em metalurgia. Deste total, 19 preferiram não responder a este questionamento. Dentre os que responderam, 87 afirmaram já ter sofrido acidente ou manifestado alguma doença ocupacional e 135 disseram que não.
CONCLUSÕES:
Os achados indicam que, dentro dos subgrupos formados, a maior proporção acidentados/não acidentados se dá no subgrupo de empregados que têm entre dez e vinte anos de tempo de trabalho em metalurgia. Observou-se também que este dado reflete-se como um sub-registro de tais acidentes uma vez que pôde ser observado que muitos dos pesquisados não consideravam pequenos acidentes como relevantes. Porém foi constatado um caso de acidente de um operário com apenas sete dias de trabalho.
Instituição de fomento: Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FUNCAP
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Saúde Mental; Acidentes de Trabalho; Tempo de Trabalho.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005