IMPRIMIR VOLTAR
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 18. Educação
PRÁTICAS EDUCATIVAS JUVENIS
CARMEM ZELI VARGAS GIL 1, 2 (carmemz@terra.com.br)
(1. FACULDADE CENECISTA DE OSÓRIO - FACOS - RS; 2. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS -RS)
INTRODUÇÃO:
Este trabalho tem como tema a juventude. Propõe-se discutir os processos educativos dos jovens da cidade de Santo Antônio da Patrulha, em grupos de música e religião. Tendo como foco dois jovens integrantes de uma banda de hardcore e duas jovens de um grupo da Pastoral da Juventude, procura analisar as experiências dos jovens no grupo, dando visibilidade aos processos educativos e as relações com outras instâncias sociais como a escola, família e trabalho. Significa discutir que existe um educativo para além do escolar.
METODOLOGIA:
Diário de campo, observação, entrevistas individuais e coletivas foram estratégias importantes usadas na pesquisa. Autores como Alberto Melucci e Marília Sposito constituem as principais referências teóricas deste estudo.
No tratamento dos dados referentes às entrevistas individuais e coletivas, utilizei uma variável empírica, - pertença ao grupo - que emergiu no contato com os grupos, e variáveis construídas - família, trabalho, escola – como um caminho de aproximação das vivências dos jovens.
Preocupada com as questões éticas, pois pessoas não são papéis (AMADO, 1997) e sabendo que tudo aquilo que escrever poderá lançar luz ou sombra sobre as pessoas, procurei explicitar os objetivos das entrevistas e os possíveis usos que faria, sendo fiel não apenas às palavras dos entrevistados, mas ao sentido da entrevista, ou seja, que arte de si os entrevistados tentavam construir.
RESULTADOS:
- Identidade ligada à cidade;
- Rompem com a postura individualista e consumista;
- Se colocam como produtores culturais;
- Ampliam a noção de grupo, enquanto uma turma localizada em determinados espaços;
- Formas de sociabilidade ligadas à música;
- Denunciam o preconceito e reivindicam respeito por suas opções.
- Questionam a idéia de juventude como um tempo vivido por quem não sabe ainda o que quer.
CONCLUSÕES:
A investigação aponta que a imagem que esses jovens colocam em questão é a juventude vista como um tempo de quem não sabe ainda o que quer. Nesta aproximação, foi possível perceber que os conflitos e as incertezas existem entrelaçados com projetos de vida. Nutrem sonhos que expressam o desejo de serem tratados com mais respeito pelas opções que fazem. Denunciam o preconceito como um aspecto que os afasta de outros grupos, do mundo adulto e de uma participação mais ativa na cidade.
Palavras-chave:  Juventude; música e religião; práticas educativas.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005