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D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 3. Saúde de Populações Especiais | ||
PERCEPÇÃO INFANTIL SOBRE QUALIDADE DE VIDA | ||
Heraldo Simões Ferreira 1 (heraldosimoes@bol.com.br), Maria Teresa Moreno Valdés 1 e Ana Maria Fontenelle Catrib 1 | ||
(1. Mestrado em Educação em Saúde, Universidade de Fortaleza - UNIFOR) | ||
INTRODUÇÃO:
Qualidade de vida é um construto multidimensional e existem diferentes definições e modelos explicativos que coincidem no caráter subjetivo da qualidade de vida, que depende da percepção de bem-estar e de como as necessidades que cada pessoa possui são satisfeitas. Como propósito maior, a pesquisa procurou compreender o que é necessário à obtenção da boa qualidade de vida dentro da ótica infantil. Os autores adotaram o modelo de qualidade de vida de Schalock e Verdugo (2002). |
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METODOLOGIA:
O estudo foi realizado na Escola de Aplicação Yolanda Queiroz, no bairro Édson Queiroz, na comunidade do Dendê, na cidade de Fortaleza. Foram envolvidas 60 crianças, com idade de quatro a seis anos de ambos os sexos. Foi requisitado aos pais das crianças envolvidas que assinassem um termo de consentimento livre e esclarecido. O tipo de estudo foi qualitativo com enfoque descritivo. A coleta de dados ocorreu no mês de março de 2004 e consistia em um desenho elaborado pelas crianças que representasse o que seria necessário para ser feliz, “para possuir uma vida boa”. Através desta situação as crianças foram solicitadas a explicar o desenho, colocando idéias e interpretações sobre o tema em questão. Estes desenhos foram enquadrados nas dimensões de qualidade de vida determinadas por Sabeh e Verdugo (2002) em estudo realizado em Espanha: ócio e atividades recreativas, rendimento, relações interpessoais, bem estar físico e emocional, bem estar coletivo e valores, e bem estar material. |
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RESULTADOS:
Como resultado detectamos que para ser atingida a qualidade de vida dentro do olhar infantil, deveria possuir os fatores de moradia (bem estar material), receber afeto (relações interpessoais) e brincar/possuir brinquedos (ócio e atividade recreativa) - resultados estes destacados por ordem de importância. |
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CONCLUSÕES:
Através destes resultados, concluímos que as crianças se importam com a moradia (bem estar material), elemento cujos pais pensam que são problemas exclusivos dos adultos. Também foi possível concluir que a falta de afeto (relações interpessoais) traz infelicidade às crianças envolvidas e, portanto interfere na boa qualidade de vida. Observamos que o brincar (ócio e atividade recreativa) é realmente um caminho pra a obtenção da felicidade e a sua prática interfere de forma extremamente positiva na qualidade de vida infantil. Os resultados permitiram estabelecer estratégias de ação na escola, família e comunidade objetivando a promoção da saúde para as crianças da população carente envolvida. |
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Instituição de fomento: CAPES | ||
Palavras-chave: QUALIDADE DE VIDA; EDUCAÇÃO INFANTIL; SAÚDE. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |