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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 17. Planejamento e Avaliação Educacional
ENTRE O TRADICIONAL E O INOVADOR: AS IMPLICAÇÕES E AS PERPECTIVAS DA AVALIAÇÃO ESCOLAR NO SISTEMA DE ENSINO
Flávio Pereira de Oliveira 1, Plínio Pereira Filho 2, Maria Irlanda Medeiros Falcão 3 e Raimunda Neves Coelho 4
(1. Pós-Graduando/ Universidade Federal de Lavras/MG; 2. Prof. Pesquisador / Dep. de Letras/ Centro de Formação de Professores/ UFCG; 3. Profa. do Depto. de Letras / Centro de Formação de Professores/ UFCG; 4. Profa. do Depto. de Educação/ Centro de Formação de Professores/ UFCG)
INTRODUÇÃO:
O desenvolvimento e crescimento profissional do professor depende de sua habilidade em garantir evidências de avaliação, informações e materiais, afim de constantemente melhorar o ensino e a aprendizagem do aluno”. Ainda é bastante comum encontrarmos casos de altos índices de repetência e evasão onde a avaliação escolar é colocada como obstáculo entre alunos e professores. O presente estudo é caracterizado como o precursor em dados catalogados sobre a avaliação educacional nas localidades de Pedras de Fogo/PB e Itambé/PE e objetivou analisar a importância da avaliação no processo ensino - aprendizagem ora por meio de notas (7,5, 9,0,...) ora por meio de indicadores de desempenho escolar (DNC/DEC...), buscando identificar nos alunos aspectos emocionais que influenciam no resultado avaliativo, bem como observar de que forma se dá o processo de transmissão dos conteúdos pelos professores.
METODOLOGIA:
A pesquisa foi realizada em duas escolas da Rede Pública de Ensino, sendo uma em Pedras de Fogo (PB) e a outra em Itambé (PE), com amostragem total de 40 alunos. Tomou-se a decisão de analisar o desenvolvimento dos alunos que fazem a avaliação tradicional (por meio de notas), no município paraibano e aqueles que fazem a avaliação de caráter inovador no município pernambucano. Foram utilizados questionários semi-estruturados, os quais abordavam questões referentes à importância da avaliação, bem como outros motivos que caracterizam o êxito e/ou fracasso no processo avaliativo. Nossa proposta metodológica foi submetida à técnica de Análise de Conteúdos subsidiado pelos estudos de Bardin, distribuindo-se em 4 categorias e 9 subcategorias (Nível de Conhecimento; Aspectos emocionais na avaliação; desempenho do professor e do aluno).
RESULTADOS:
Constatou-se, com base nos dados obtidos nas quatro categorias, que: no nível de conhecimento: 61% dos alunos dos dois tipos de analise apontam a avaliação como um certificado da aprendizagem; 25,5 compreendem ser importante a avaliação; 13,5 acreditam que o fator bagunça é motivo negativo. Em relação aos aspectos emocionais, observou-se que 21% dos alunos sentem-se bem quando são avaliados; enquanto, 79% sentem-se inseguros. Os alunos opinaram também a respeito do bom ou mau desempenho do professor. Verificou-se que: 59,5% dos alunos atribuem pontos positivos quando o professor toma a postura de mediador dos conteúdos, além das sugestões e retirada de dúvidas; mas 40,5% deles acreditam que a insegurança do professor ao transmitir conteúdos pode comprometer na aprendizagem, bem como no resultado final da avaliação. Em relação ao desempenho dos alunos, 85% acreditam que a elaboração de exames com auxílio do professor o processo pode se tornar mais produtivo e a participação mais efetiva; enquanto apenas 15% demonstram responsabilidades com os exames sem a participação efetiva na elaboração da avaliação.
CONCLUSÕES:
Conclui-se que o processo avaliativo ainda é um obstáculo para professores e alunos, pois ao vivenciar a coleta de dados sobre os aspectos quer sejam ao nível do conhecimento ou emocional, quer sejam da competência do professor ou no compromisso do aluno, ainda encontramos resistências em relação à configuração do processo avaliativo, tanto para aqueles que fazem o modelo tradicional quanto inovador. Os dados demonstraram que é preciso ver que o caminho para as mudanças da prática avaliativa é proporcionar a interação dos objetivos educacionais entre educandos e educadores, oferecendo oportunidade ao aluno de criar situações de ensino – aprendizagem, bem como compartilhando com a escola, família e comunidade, os resultados alcançados na trajetória avaliativa em sua realidade educacional.
Instituição de fomento: CFP/UFCG
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Avaliação escolar; Escolas Públicas; Alunos e professores.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005