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D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 3. Enfermagem Médico-Cirúrgica | ||
PERFIL DE SAÚDE DE IDOSOS ATENDIDOS NUMA UNIDADE DE EMERGÊNCIA ESTADUAL DE RIO BRANCO - ACRE - BRASIL | ||
Andréa Ramos da Silva 1 (creso@ufac.br), Creso Machado Lopes 2, Pascoal Torres Muniz 3, Milton dos Santos Freitas 4, Kátia Lima Andrade Aravena Acuña 5 e Maria Cleide Bezerra Mota 6 | ||
(1. Depto. de Ciências da Saúde - Universidade Federal do Acre - UFAC; 2. Depto. de Ciências da Saúde - Universidade Federal do Acre - UFAC; 3. Depto. de Ciências da Saúde - Universidade Federal do Acre - UFAC; 4. Depto. de Ciências da Saúde - Universidade Federal do Acre - UFAC; 5. Depto. de Ciências da Saúde - Universidade Federal do Acre - UFAC; 6. Depto. de Ciências da Saúde - Universidade Federal do Acre - UFAC) | ||
INTRODUÇÃO:
Com a melhoria das condições de vida da população, diminuição da taxa de natalidade, aumento da expectativa de vida, melhoria da infra-estrutura urbana e da saúde, queda na taxa de mortalidade, elevação do índice de desenvolvimento humano, diminuição das doenças infecto-parasitárias e aumento das doenças e agravos não transmissíveis, tendo como resultado uma significativa mudança no perfil epidemiológico, social e demográfico da população idosa no Brasil, onde segundo dados do IBGE (2004), no ano de 2030, o Brasil poderá ter uma população de 237,7 milhões de habitantes, onde 40% da população compreenderá o grupo de 30 a 60 anos de idade. Portanto motivados por esta problemática é que nos inspirou ao realizar esta pesquisa, visando levantar: Quais os problemas de saúde que levam os idosos a procurarem pela unidade de emergência?; Como são as características sócio-econômica e cultural dos idosos? Quais os fatores de risco que contribuem para o agravo a sua saúde? Que medidas os idosos têm utilizado para promover a sua saúde, e que de posse dos seus dados contribuir na elaboração da política de atenção ao idoso, onde para tanto estabeleceu-se como objetivo geral, delinear o perfil de saúde dos idosos atendidos numa Unidade Estadual de Emergência de Rio Branco - Acre - Brasil |
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METODOLOGIA:
Estudo do tipo descritivo, desenvolvido junto a 194 idosos atendidos numa Unidade Estadual de Emergência de Rio Branco - Acre - Brasil, no período de setembro de 2003 a maio de 2004. Para a coleta de dados, fez-se uso de um formulário, contendo perguntas abertas e fechadas, o qual foi colhido aos sábados, domingos e feriados, por Bolsista do Programa de Iniciação Científica do CNPq, estagiárias e bolsistas de outros projetos do orientador, cujos dados foram processados e analisados no Programa EPINFO 6, e que sob o ponto de vista ético, seguiu-se todas as normas de pesquisa envolvendo seres humanos, bem como houve aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Vale acrescentar que os problemas de saúde foram agrupados de acordo com os Capítulos do Código Internacional de Doenças - CID - 10. |
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RESULTADOS:
Como resultados destaca-se a faixa etária de 60-79 anos com 88,1%; quanto ao gênero 53,6% eram masculinos; a taxa de analfabetismo foi encontrada em 52,1% e 80,3% dos idosos estavam aposentados. Foi encontrado também 64,5% na faixa de 2-5 salários mínimos. Destaca-se que 65,0% não desenvolviam nenhuma atividade física. Foi encontrado 404 problemas, sendo mais representativos o Capítulo XVIII - Sintomas, Sinais e Achados Anormais de Exames Clínicos e de Laboratório Não Classificados em Outra Parte, com 81,2%, tendo a dor em diversos sistemas do corpo, como a mais prevalente; o Capítulo XIX - Lesões, Envenenamentos e Algumas Outras Conseqüências de Causa Externas, com 4,4%; seguida pelo Capítulo IX - Doenças do Aparelho Circulatório, com 4,0%, com ênfase a hipertensão arterial. Enfatiza-se ainda que 23,4% possuíam parentes diabéticos, 34,2% cardíacos, 58,3% hipertensos, 84,5% já haviam sido internado de 1-2 vezes, e 48,5% realizaram cirurgia. Quanto aos exames preventivos de câncer de mama, colo, endométrio e útero 47,8% das mulheres não o fizeram e 59,6% dos homens também não para o exame de câncer de próstata, aliado aos 32,6% que não fizeram consulta médica anual e 90,1% não ao dentista. Convêm destacar os 76,8% que não fumavam e 90,7% que não ingeriam bebida alcoólica. |
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CONCLUSÕES:
Como conclusão, reforça-se o acentuado problema de saúde junto aos idosos, onde ao somar os problemas de saúde que o levaram a procurar pela unidade de emergência, com os demais apresentados pelos idosos, soma-se 666, o que representa uma média de 3,4 problemas por idosos. Evidencia-se também a falta de promoção a sua própria saúde, bem como a necessidade de se empreender programas de assistência ao idoso nos três níveis de saúde, pelos diferentes setores os quais tem o idoso como centro de atenção, e que pela característica da população estudada não se permite generalização, tendo em vista que nem todo idoso apresenta problema de saúde, mas que mesmo assim nos permite visualizar uma determinada situação específica. |
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Instituição de fomento: PIBIC / CNPq | ||
Trabalho de Iniciação Científica | ||
Palavras-chave: Saúde do Idoso; Geriatria; Assistência de Enfermagem. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |