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D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 5. Saúde Coletiva | ||
PREVENÇÃO E PROMOÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA | ||
Fabrício Freitas Fernandes 1 (fabsff@yahoo.com.br), Fabrício Santos G. Oliveira 1, Adir Araújo 1 e Maria Margarida Rodrigues 1 | ||
(1. Departamento de Ciências Biológicas – Efoa/Ceufe, Alfenas) | ||
INTRODUÇÃO:
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 2 bilhões de pessoas do mundo todo estão hoje infectadas com algum tipo de verme ou parasita. Trata-se de um grave problema que atinge principalmente crianças em idade escolar (de 5 a 14 anos). As parasitoses intestinais ou verminoses são um dos problemas mais graves de saúde pública do Brasil, afetando principalmente crianças da baixa renda que habitam regiões carentes e com déficit em saneamento. A saúde é de responsabilidade do governo. E é inadmissível que tenham desenvolvido a prática da medicina curativa, a custos altíssimos para os contribuintes, quando a medicina preventiva seria muito mais aconselhável. Acredita-se que a escola constitui o local ideal para superar e remover as enfermidades. Como a escola é responsável pela promoção da aprendizagem, com certeza, é um ambiente propício para a prática da educação em saúde. Informações sobre saúde, transmitidas de maneira simples, usando métodos lúdicos e interativos para motivar a criança, fazendo com que ela retenha as informações, afetam a própria maneira da criança viver e a faz portadora e transmissora dessas informações a seus pais e a comunidade onde está inserida. A saúde escolar é um fato de extrema importância na vida da educação brasileira. Nossa proposta foi investir nas crianças para que elas se tornem agentes de transformação social em sua comunidade, modificando hábitos de higiene e o cuidado com a saúde e o bem estar coletivo. |
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METODOLOGIA:
O público alvo foi constituído por 110 crianças, com idade entre 7 a 12 anos, de quatro turmas, cursando a 2ª série do ensino fundamental da E. E. Professor Levindo Lambert da cidade de Alfenas, MG. Inicialmente aplicou-se um questionário para futura análise comparativa dos resultados. Os temas abordados foram estudados e discutidos entre os participantes do projeto, afim de se obter um modo dinâmico e de fácil assimilação pelas crianças. As aulas expositivas desenvolvidas no projeto foram realizadas utilizando-se cartazes, fantoches, vídeos, desenhos para pintura e recorte e jogos didáticos. Para as atividades práticas, realizadas no Laboratório de Parasitologia Básica da Efoa/Ceufe, foram utilizados microscópios, lupas e vidros com vermes adultos conservados em formol. Ao final do trabalho, um outro questionário foi aplicado, para avaliar a eficácia do mesmo. |
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RESULTADOS:
Através do questionário inicial, verificou-se que 83% das crianças no início do projeto, não possuíam conhecimentos básicos sobre medidas de higiene e saúde. No final do trabalho, 90% dos alunos souberam responder as perguntas relacionadas à higiene e prevenção das parasitoses trabalhadas. Esses bons resultados obtidos eram esperados, pois segundo Rocha (2003), o precioso concurso da escola primária não poderia ser dispensado, na medida em que sua ação se exerce sobre o cérebro infantil ainda plástico, virgem de defeitos e pode por isso desenvolver bons e duradouros hábitos. Como relatado por Rocha (2003), o aluno distraído ou absorvido pelo trabalho pratica inúmeros pequenos atos contrários a higiene. A partir disso observou-se o comportamento das crianças, onde elas passaram a apresentar comportamentos propícios para a melhoria da higiene e saúde, diferentes dos hábitos observados no início do projeto. |
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CONCLUSÕES:
A partir dos dados obtidos pode-se concluir que os objetivos propostos foram alcançados de maneira satisfatória. Verificou-se um aproveitamento na aprendizagem teórica e prática dos temas abordados, alcançando o principal objetivo, ou seja, educar as crianças propondo melhores condições de higiene e uma conseqüente melhoria em sua qualidade de vida, tornando os alunos agentes multiplicadores deste conhecimento. |
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Palavras-chave: Educação e saúde; Saúde da criança; Promoção à saúde. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |