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A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 8. Química
ANÁLISE DO ENSINO DE QUÍMICA EM ESCOLAS PÚBLICAS DE NÍVEL MÉDIO DE DOURADOS
Cláudia Samara Nevoleti Correia Lima 1 (claudianevoleti@bol.com.br), Cristiane Regina Winck 1, Claudia Andréa Lima Cardoso  1, Marileide Soares da Silva 1, Mariane Mascarello 1 e Aparecida Geanne Paz de Mattos 1
(1. Depto. De Química; Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UEMS)
INTRODUÇÃO:
No ensino de Química, em geral, o conteúdo abordado não leva ao esclarecimento de questões básicas do cotidiano do aluno, mas sim a uma memorização de conceitos, fórmulas e nomes, e com isso cria-se uma distância entre a disciplina e o aluno por este considerá-la desnecessária. Avaliando as dificuldades no aprendizado e verificando o grau de interesse dos estudantes de Química, podem ser desenvolvidas metodologias que estimulem a aprendizagem. O presente trabalho tem por objetivo avaliar quais são as razões que, em geral, levam um aluno do Ensino Médio a não se interessar pela Química. Com os dados obtidos, pretende-se ter uma estimativa do ensino desta disciplina nas escolas públicas de Dourados/MS.
METODOLOGIA:
O município consta de 24 escolas públicas estaduais, sendo que 17 destas ofertam o ensino médio em pelo menos um dos turnos. Foram aplicados 12 questionários em 13 escolas públicas estaduais do município em 2004, que atuam no Ensino Médio. O questionário adotado constou de 10 questões, sendo 6 objetivas e 4 subjetivas. Os professores não foram obrigados a responder o questionário ou qualquer pergunta.
RESULTADOS:
De acordo com os resultados constatou-se que 92 por cento dos professores gostam de ministrar aulas de Química e que 100 por cento considera importante que as pessoas estudem a disciplina. Somente 17 por cento dos professores que atuam no município são formados em química. Sendo que 67 por cento dos profissionais que atuam em Dourados são formados em Ciências Biológicas. 100 por cento dos profissionais considera a Química uma ciência experimental e gostaria de ministrar aulas práticas, mas sua formação limita este propósito. 50 por cento dos profissionais que atuam no Ensino Médio e que não possuem a formação em Química considera insuficientes os conteúdos de Química ministrados em seu curso superior.Segundo as opiniões de 100 por cento dos entrevistados a aula de laboratório, apesar de rara, é considerada importante para compreensão da teoria. Dos professores, 83 por cento, ministram aulas baseadas no vestibular e tem dificuldade ao associar a Química no seu dia a dia. 92 por cento constaram que a maior dificuldade dos estudantes de Química é conseguir visualizar e/ou entender fórmulas químicas e tabela periódica, bem como os conceitos mais abstratos e 67 por cento atribui este fato, provavelmente, pelo modo tradicional como a disciplina é ministrada.
CONCLUSÕES:
Pelos dados obtidos nos questionários podemos verificar, na maioria dos casos, que a disciplina é ministrada, sem aulas práticas ou experimentos em sala de aula, também sem relação com o cotidiano do aluno. Este fato pode estar sendo agravado em Dourados, em função do número reduzido de profissionais em Química atuando e das constantes trocas de professores nas aulas.Tivemos escolas que em 2 meses trocaram 3 vezes de professores. A realização de cursos que tornem os profissionais mais qualificados e a implantação de novas metodologias que aproximem a Química dos alunos podem facilitar o aprendizado dessa disciplina no município.
Palavras-chave:  Ensino de Química; Escolas públicas; Professores.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005