|
||
D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 2. Enfermagem de Saúde Pública | ||
A VISÃO E O COTIDIANO DOS PACIENTES PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM RELAÇÃO AO TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE | ||
Rosângela Gonçalves de Azevedo 1 (roazevedorr@hotmail.com) e Cássia Barbosa Reis 2 | ||
(1. Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS; 2. Profª. Esp. do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS) | ||
INTRODUÇÃO:
O trabalho apresentado a seguir foi construído com o intuito de conhecer a realidade do paciente renal crônico e sua visão quanto ao tratamento. A insuficiência renal crônica (IRC) é uma doença irreversível e necessita de um tratamento permanente. A IRC acontece de forma progressiva, de maneira que os rins não conseguem mais executar suas funções na regulação da homeostase no organismo. A realização do projeto se deu a partir de uma grande afinidade pelo assunto e interesse em conhecer e presenciar a realidade vivida por um paciente renal crônico. |
||
METODOLOGIA:
Pesquisa quantitativa realizada através de um questionário contendo os seguintes itens:histórico da doença, evolução e conhecimento da doença, há quanto tempo realiza o tratamento, aceitação quanto a mudanças de hábito tanto no padrão alimentício quanto na ingestão hídrica, expectativa quanto ao transplante e a idade do paciente. O questionário foi aplicado a vinte e cinco clientes da Clínica do Rim, Dourados-MS. Os dados foram organizados em tabelas e analisados com base na bibliografia de referência. |
||
RESULTADOS:
A avaliação do trabalho mostrou que 80% dos casos de IRC não foram detectados precisamente, sugerindo-se um diagnóstico de outras patologias como por exemplo: hipertensão, úlcera, anemia. De forma geral, os pacientes são bem informados quanto a IRC e ao tratamento. A média de idade dos entrevistados varia entre vinte e cinco e sessenta anos , sendo que o tratamento abrange em sua maioria clientes entre quarenta e cinqüenta e cinco anos. 75% fazem o tratamento há mais de dois anos; 72% esperam ansiosamente na fila pelo transplante, os demais não estão na fila por medo da cirurgia e de uma possível rejeição, a qual pode levar a morte. Da totalidade, 85% não aceitam o tratamento, em virtude das restrições de suas atividades normais, e ainda, 26% apresenta atitudes de revolta e um quadro de depressão instável. |
||
CONCLUSÕES:
Foi possível perceber através deste trabalho a dificuldade que enfrentam os pacientes renais crônicos desde o diagnóstico da doença até a aceitação do tratamento. É uma condição de vida extremamente debilitante, ou ainda apenas um meio de sobrevivência até que se consiga um doador compatível para a realização do transplante. |
||
Palavras-chave: insuficiência renal crônica; tratamento de homodiálise; transplante renal. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |