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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 4. Educação Básica | ||
CAMINHOS DE UMA PESQUISA PARTICIPATIVA: (RE)APRENDENDO DE FORMA SOLIDÀRIA O FAZER DE GESTORES ESCOLARES. | ||
Angela Maria Menezes de Almeida- 1 ( amma49@ig.com), Icléa Lages de Melo- 2 e Vera Lucia Silveira Leite campos 1 | ||
(1. 1Escola de Educação- UNIGRANRIO-;; 2. 2Departamento Gestão e Temas Educacionais-Faculdade de Educação-UERJ/FEBF-) | ||
INTRODUÇÃO:
Esse estudo se desenvolve tendo, como referência, as ações observadas no interior de algumas escolas públicas, distinguidas como campo de uma pesquisa, na região da Baixada Fluminense do Estado do Rio de Janeiro. Tem, como propósito, compreender a tessitura das ações cotidianas de trabalho de profissionais da educação, no desempenho de suas funções de Orientação Educacional, Supervisão e Administração Escolar. |
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METODOLOGIA:
No encontro de um caminho metodológico, optamos por uma abordagem qualitativa, por enfatizar as particularidades de um fenômeno em termos de seu significado para o grupo pesquisado. Escolhemos a modalidade de pesquisa participante, considerando que a mesma permite estabelecer ou reformular questões, a medida em que novos dados vão aparecendo, assim como maior participação no processo investigativo. Segundo MINAYO, essa técnica “se realiza através do contato direto do pesquisador com o fenômeno observado para obter informações sobre a realidade dos atores sociais em seus contextos” ( 2000, 59) Semanalmente realizam-se encontros com o grupo de acadêmicas auxiliares para relato de suas observações nas escolas-campo aprofundando os questionamentos da investigação, bem como, no confronto dos autores estudados para subsidiar a participação no cotidiano escolar |
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RESULTADOS:
A organização do trabalho, nas escolas pesquisadas, fornece subsídios para entendermos a trama de ações que se estabelece na dinâmica educacional, interferindo na organização e fragmentação do trabalho, nas inter-relações que ocorrem no ambiente escolar, na relação frente às políticas educacionais e no interior das escolas O cotidiano das escolas ainda aponta ações desintegradas e descoladas da concepção de projeto autônomo de ação pedagógica. Alguns profissionais não demonstram sentir-se autores do projeto político pedagógico de suas escolas, nem mesmo apresentam ânsia por construírem sua participação ativa, no interior das mesmas, assumindo, com a força do coletivo, as decisões que possam viabilizar uma proposta de trabalho emancipatório. Outra contradição que o tempo nos revelou foi a idealização da concepção de ação compartilhada que iríamos investigar,mas que as observações tecidas ao longo da pesquisa fizeram repensar ao cruzar as concepções e significados que os sujeitos apontavam a respeito de ação compartilhada. Elas têm apresentado diferentes enfoques conceituais e, conseqüentemente, nos surpreendido com práticas cotidianas que traduzem culturas próprias diferenciadas nessas instituições. |
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CONCLUSÕES:
Neste sentido, percebemos que ação compartilhada tem se caracterizado nas escolas investigadas como um conjunto de práticas que proporcionam um clima agradável de trabalho, o investimento ao acolhimento, na relação interpessoal dos funcionários, em atitudes valorizativas de afeto, carinho e reconhecimento das qualidades pessoais para que aquele espaço seja agradável, muitas vezes amenizando os precários recursos do espaço físico. Embora a região pesquisada por nós venha se constituindo em palco de políticas , extremamente, autoritárias, não observamos no interior das escolas , foco de nosso interesse investigativo, um movimento de ação articulada em prol da autonomia pedagógica de seus profissionais. Há um silenciamento ou aparente cegueira em relação às questões de ordem político-sociais de caráter, eminentemente, neoliberal que tem contribuído para o desmantelamento dessas escolas e tornado evidente a partidarização e o clientelismo em seu interior. Puxar os fios das tramas que tecem essa realidade, buscando identificar o material que as tem produzido, talvez seja o nosso desafio, nesse momento. |
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Instituição de fomento: FAPERJ | ||
Palavras-chave: participação; gestão escolar; cotidiano. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |