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C. Ciências Biológicas - 6. Farmacologia - 4. Farmacologia | ||
O EFEITO VASODILATADOR DA LECTINA DE SEMENTES DE Pisum arvense SOBRE O MÚSCULO LISO VASCULAR OCORRE VIA LIBERAÇÃO DE ÓXIDO NÍTRICO. | ||
NILSON VIEIRA PINTO 1 (nylvieira@hotmail.com), ANA VANESKA PASSOS MEIRELES 2, MÁRIO ROGÉRIO LIMA MOTA 1, JOÃO BATISTA CAJAZEIRAS 6, BENILDO SOUSA CAVADA 5, ANA MARIA SAMPAIO ASSREUY 3 e DAVID NEIL CRIDDLE 4 | ||
(1. Pós-Graduando (a) do Mestrado Acadêmico em Ciências Fisiológicas-CCS-UECE; 2. Mestre em Ciências Fisiológicas-CCS-UECE; 3. Profa. Dra. do Mestrado Acadêmico em Ciências Fisiológicas-CCS-UECE; 4. Prof. Dr. MRC Secretory Control Research Group, The Physiological Laboratory, University of Liverpoo; 5. Prof. Dr. do Departamento de Bioquímica, BioMol-Lab – UFC; 6. Pós-Graduando (a) do Doutorado de Bioquímica, BioMol-Lab – UFC) | ||
INTRODUÇÃO:
Lectinas são usadas como objeto de reconhecimento celular em vários processos biológicos devido à sua elevada capacidade de ligação a resíduos de carboidratos. As lectinas de leguminosas são associadas a diferentes atividades biológicas, incluindo-se a indução da produção de óxido nítrico in vivo e in vitro (ANDRADE et al ., 1999). O endotélio é responsável pela produção de vários fatores relaxantes, como o óxido nítrico (NO), a prostaciclina (PGI) e o fator hiperpolarizante derivado do endotélio (MONCADA et al ., 1991; EDWARDS et al ., 1998). Dados preliminares mostraram que a lectina de sementes de Pisum arvense (PaL) induz relaxamento dependente de endotélio em músculo liso vascular (PINTO et al ., 2004). Portanto, decidiu-se investigar quais os fatores derivados do endotélio estão envolvidos no efeito relaxante da lectina de sementes de Pisum arvense na contratilidade do músculo liso de aortas de ratos. |
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METODOLOGIA:
PaL (PM 50 kDa) foi isolada e purificada no Depto. de Bioquímica e Biologia Molecular-UFC através de cromatografia de afinidade em coluna de quitina (CAVADA et al ., 1993). Ratos Wistar machos (150-250g) foram mantidos e manipulados de acordo com os princípios estabelecidos pelo Comitê de Ética em Pesquisa-UECE para uso de animais experimentais. Anéis de aorta foram montados em solução de Tyrode (37ºC, pH 7,4) sob constante borbulhamento de ar (95% O 2 e 5% CO 2 ) e as medidas de contratilidade foram obtidas por método convencional. Foi aplicada uma tensão de 2g e após uma hora de estabilização tecidual, iniciou-se o procedimento experimental. A presença de endotélio foi detectada através da adição de acetilcolina (ACh; 10 μM) em aortas pré-contraídas por fenilefrina (PE; 0,1μM). A PaL foi adicionada em doses cumulativas de 10, 30 e 100 g/ml sobre aortas endotelizadas pré contraídas com PE. Para avaliar a participação do fator relaxante derivado do endotélio no efeito da PaL, os tecidos foram incubados durante 30 min com indometacina (INDO; 10μM), L-nitro arginina metil ester (L-NAME, 100μM) e tetraetilamônio (TEA, 5mM) antes da adição do agente contraturante e da PaL. Ao final dos experimentos, a preparação era lavada com solução de Tyrode, pH 7,4 por 40-60 minutos e novamente contraída para demonstrar a recuperação do tecido. As comparações estatísticas foram realizadas utilizando-se ANOVA e teste de Bonferroni, sendo considerados diferentes valores de p<0,05. |
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RESULTADOS:
PaL nas concentrações de 30 e 100g/ml inibiu significativamente as contrações controle induzidas por PE (0,51+0,05g, n=7) em aortas endotelizadas, produzindo efeito relaxante máximo de 63,7+7,38%. Não houve diferença entre o relaxamento induzido pela PaL sozinha e quando na presença do inibidor da enzima ciclooxigenase (INDO; n=6) ou do bloqueador dos canais de potássio (TEA n=8), cujos efeitos máximos respectivos foram de 48,12+4,82% e 51,81+6,94%. Por outro lado, PaL nas concentrações de 30 e 100g/ml (21,25+4,33%.) teve seu efeito relaxante parcialmente prevenido pela pré-incubação com o inibidor da enzima óxido nítrico sintase (L-NAME; n=8). |
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CONCLUSÕES:
O efeito relaxante da PaL em aortas isoladas de ratos contraídas por fenilefrina ocorre via liberação de óxido nítrico. |
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Instituição de fomento: FUNCAP, CNPq e CAPES. | ||
Palavras-chave: Pisum arvense ; lectinas de leguminosas; óxido nítrico. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |