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C. Ciências Biológicas - 10. Microbiologia - 3. Microbiologia
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM INFECÇÃO CRÔNICA PELO VÍRUS DA HEPATITE C GENÓTIPO 3, EM FORTALEZA, CEARÁ
Cristianne Sousa Bezerra 1 (tiannebezerra@yahoo.com.br), Luana Nepomuceno Gondim Costa Lima 1, Cristiane Cunha Frota 1, José Milton de Castro Lima 1, Elodie Bomfim Hyppolito 1 e Roxeane Martins Monteiro 1
(1. Departamento de Patologia e Medicina Legal, Faculdade de Medicina/ UFC)
INTRODUÇÃO:
Estima-se que cerca de 170 milhões de pessoas em todo o mundo estão infectadas pelo vírus da hepatite C (HCV). O HCV pode ser transmitido em qualquer situação em que sangue infectado é transferido entre indivíduos, tendo sido associado à transmissão através de transfusões sangüíneas quando ainda não se fazia pesquisa de anti-HCV nos bancos de sangue. Outras formas de transmissão associadas ao vírus são o uso de drogas intravenosas, tatuagens e prática de body-piercing. O HCV é classificado mundialmente em seis genótipos: 1, 2, 3, 4 , 5 e 6, tendo sido relatado previamente a prevalência do genótipo 3 no estado do Ceará (Busek et al, 2003).
METODOLOGIA:
Este estudo foi realizado em 43 pacientes com infecção crônica pelo HCV, atendidos no Hospital Universitário Walter Cantídio em Fortaleza, Ceará. Estes pacientes foram identificados como infectados pelo HCV através de teste qualitativo feito por PCR, utilizando-se primers relativos à região 5’ não-codificante do genoma viral. A genotipagem do vírus foi feita através da técnica de Restriction Fragment Length Polymorphism (RFLP) descrita por Davidson et al, 1995.
RESULTADOS:
Dos 43 pacientes estudados, 13 (30%) apresentavam infecção por HCV genótipo 3 em idade de 29 a 43 anos. As mulheres correspondiam a 38% deste grupo e os homens compunham os 62% restantes. O fator de risco para aquisição do HCV mais presente entre os indivíduos foi história prévia de cirurgia (43%). Outros fatores de risco presentes foram: história de transfusão sangüínea (19%) e uso de drogas intravenosas (14%). Em alguns casos (10%), o paciente não apresentava nenhum dos fatores de risco já conhecidos para aquisição da doença.
CONCLUSÕES:
Os resultados deste estudo coincidiram com aqueles relatados na literatura que apontam a transfusão sangüínea e o uso de drogas intravenosas como as formas mais comuns de aquisição do HCV.
Nos pacientes que não haviam se exposto a nenhum dos fatores de risco relata-se a possibilidade de aquisição da doença por formas de transmissão não comuns, como: sexual e por compartilhamento de objetos perfuro-cortantes como lâminas de barbear e aparelhos de manicure.
Palavras-chave:  Hepatite C; Genotipagem; Epidemiologia.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005