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A. Ciências Exatas e da Terra - 6. Geociências - 10. Geociências
BALANÇO HÍDRICO CLIMATOLÓGICO DA MICROBACIA HIDROGRÁFICA DA BARRAGEM VACA BRAVA
Hermes Alves de Almeida1 1 (hermes_almeida@uol.com.br), Lucas da Silva 1 e José Ferreira da Costa Filho3 2
(1. Depto. de História e Geografia, Universidade Estadual da Paraíba - UEPB; 2. Depto. de Solos e Engenharia Rural, Universidade Federal da Paraíba - UFPB)
INTRODUÇÃO:
A Barragem Vaca Brava, localizada no município de Areia, PB, foi construída visando garantir o abastecimento de água para a cidade de Campina Grande e atualmente abastece de forma precária cerca de 100 mil habitantes. As microbacias hidrográficas, em geral, por serem unidades naturais de planejamento ambiental permitem estudos hidrológicos e de conservação ambiental. No entanto, constata-se que a maioria dos estudos não inclui a quantificação dos principais componentes do ciclo hidrológico, tais como: a precipitação pluvial, a evapotranspiração, escoamento superficial e, em especial, o balanço hídrico. Diante desta realidade, procurou-se efetuar a contabilidade hídrica (entrada-saída de água) na bacia hidrográfica de Vaca Brava, sendo, essa quantificação o objetivo principal do presente trabalho.
METODOLOGIA:
A partir de uma série histórica mensal e anual de precipitação pluvial da cidade de Areia, correspondente ao período: 1920-2003 analisou-se estatisticamente, mediante cálculos de médias aritméticas, medianas, desvio padrão e agrupamento dos dados utilizando-se a distribuição de freqüência. De posse das médias aritméticas mensais e dos correspondentes aos meses dos anos mais seco e do mais chuvoso efetuaram-se os balanços hídricos climatológico, adotando-se a metodologia preconizada por THORNTHWAITE & MATHER (1955), que considera a chuva e a evapotranspiração potencial (ETo) como as únicas fontes de suprimento e demanda de água. A ETo foi estimada pelo método de THORNTHWAITE (1948) e o balanço hídrico a partir do software desenvolvido por ALMEIDA (1998), cuja estimativa resultou a evapotranspiração real, a deficiência e o excedente hídrico, a reposição e a retirada de água do solo e sua representação gráfica.
RESULTADOS:
Os principais resultados mostraram que existe uma elevada irregularidade na distribuição mensal e anual da precipitação pluvial, na bacia hidrográfica de Vaca Brava, cujas flutuações médias foram, respectivamente, de 78% e 24%. A distribuição mensal de chuvas é assimétrica e, por isso, a mediana é a medida de tendência central mais provável de ocorrer. A estação chuvosa vai de março a julho-agosto e a freqüência relativa média, do número de meses da estação chuvosa, com precipitação acima da mediana, foi de 50% e a evapotranspiração potencial anual, para a referida bacia hidrográfica, é de cerca de 1200 mm. O balanço hídrico, mesmo para a condição média (“ano normal”), indicou que o fluxo de entrada de água (chuva) é inferior ao de saída (evapotranspiração) em aproximadamente seis meses. Já, no ano mais chuvoso e no mais seco da série estudada, verificaram-se, respectivamente, a existência de 3 e 9 meses com deficiência hídrica.
CONCLUSÕES:
Conclui-se que: a) há uma elevada irregularidade na distribuição mensais e anuais da chuva, na bacia hidrográfica de Vaca Brava; b) A evapotranspiração potencial anual é sempre igual ou maior que a precipitação pluvial; c) O balanço hídrico climatológico permite estimar e o monitorar mensalmente as deficiências e os excedentes hídricos na referida bacia.
Instituição de fomento: PIBIC/CNPq/UEPB
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Balanço Hídrico; Bacias Hidrográficas; Chuva.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005