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| G. Ciências Humanas - 4. Geografia - 1. Geografia Humana | ||
| A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA NO RENDIMENTO ESCOLAR | ||
| Aline Riccioni de Melos 1 (enila_solem@yahoo.com.br), Fernando dos Santos Chaves 1, Evandro Adelino Lucena 1, Minéia Martins Cristaldo 1, Nilza Maria Padilha 1 e Márcia Rejane Riccioni de Melos 2 | ||
| (1. Depto. de Geociências, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS; 2. Depto. de Educação, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS) | ||
| INTRODUÇÃO:
Com o objetivo de verificar se o rendimento escolar é influenciado pela renda e/ou pela escolaridade dos pais, foi escolhida a repetência e a evasão escolar como índice norteador desta pesquisa, a qual foi aplicada num bairro da periferia da cidade de Aquidauana, denominado popularmente Cohab I. Segundo o Comitê E apud BRAMELD (1977) a educação é um instrumento que visa a modificação social e o bem estar social. Entretanto, não só a escola, mas a família também interfere no rendimento escolar, a repetência ou evasão escolar podem ser motivados por causas externas ao processo pedagógico, tais como precárias condições sócio-econômicas e a desestruturação familiar (PATTO,1991). |
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| METODOLOGIA:
Após revisão metodológica, elaborou-se questionário socioeconômica-cultural preliminar, contendo 14 perguntas, relevantes para atender ao objetivo do trabalho, tais como: estrutura etária e de sexo domiciliar, escolaridade, número de pessoas economicamente ativas, renda e qualificação das escolas públicas e particulares. Posteriormente, esses questionários foram testados e aplicados no Bairro, durante 2 meses, no período vespertino, nas segundas, quartas e quintas-feiras. A amostragem inicialmente deveria abranger 100% do universo, porém devido a recusa de moradores de participarem da pesquisa, bem como inúmeros domicílios fechados e desocupados, a pesquisa abrangeu 159 domicílios, 58,5% do total, que corresponde a 272 domicílios. Após a pesquisa em campo, os questionários foram ordenados, tabulados e elaborados gráficos, para facilitarem o seu cruzamento e análise, entre si e com o referencial teórico metodológico levantado. |
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| RESULTADOS:
O resultado desta pesquisa revelou que 87% das famílias utilizam-se do sistema público de ensino, apenas 13% recorrem ao particular, devido ao baixo rendimento domiciliar do bairro, pois 37,4% destes domiciliados, recebem até 2 salários mínimos, e em média renda a per capita é baixa. Bem como, a baixa escolaridade dos pais que em 38,8%, possuem ensino fundamental incompleto. Outra variável importante a ser considerada é distância do bairro em relação às escolas particulares mais próximas, que se concentram próximo ao centro da cidade, distante em média 3 km da Cohab I. Outra informação que chamou a atenção é que os pais possuem 3% a mais de ensino que as mães, no ensino fundamental. De forma geral, os índices de reprovação são elevados, 36,05 % dos acadêmicos são retidos em suas séries por ano e aliado a desistência, que remontam em 8,2%, demonstram a pouca eficiência das ações educacionais, tanto a nível de rendimento escolar, quanto de atratividade aos alunos. Conclui-se que a baixa escolaridade dos pais contribui para os elevados índices de reprovação e de desistência, pois 65,5% destas, ocorrem quando estes possuem apenas o ensino fundamental incompleto e, 41,5% quando possui uma renda familiar de até 2 salários mínimos. |
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| CONCLUSÕES:
Pode-se concluir que a família influencia no rendimento escolar, principalmente quanto visto a escolaridade dos pais. Entretanto quanto ao rendimento total da família não se pode notar ligação direta com a repetência ou evasão escolar, as quais foram encontradas em todas as faixas salariais com pequenas variações entre si. Porém, escolaridade e renda estão intimamente ligadas, quanto menor escolaridade, menor será a renda, criando-se um ciclo vicioso, do qual só é possível sair com o aumento da escolaridade, e que se reflete na qualidade de vida desses indivíduos, bem como na sua cidadania e no desenvolvimento econômico e social da comunidade como um todo. Logo, para melhoria da renda seria necessário um aumento da escolaridade dos adultos, através do ensino para jovens e adultos, e de outros programas educacionais desenvolvidos pelo governo, como cursos técnicos, onde o jovem conseguiria ver a aplicabilidade do ensino. |
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| Palavras-chave: Educação; Constituição socioeconômico-cultural; Família e Renda. | ||
| Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |