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C. Ciências Biológicas - 4. Botânica - 3. Fisiologia Vegetal
TRATAMENTOS PRÉ-GERMINATIVOS E LUZ NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE Hovenia dulcis Thunb
Liane Nunes de Souza Gadelha 1 (lianegadelha@ibest.com.br), Homero Scalon Filho 2, Rosilda Mara Mussury 3, Polliana Borges Viana 4, Silavana de Paula Quintão Scalon 5 e Luciane Pierezon 6
(1. Departamento de Ciências Biológicas,Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul-UEMS; 2. Departamento de Agronomia,Universidade Estadula do Mato Grosso do Sul,UEMS; 3. Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde,Unigran; 4. Departamento de Ciências Biológicas ,Unigran; 5. Departamento de Agronomia,Universidade Federal do Mato Grosso doSul.UFMS; 6. Departamento de Ciências Biológicas,Universidade Federal do Mato Grosso do Sul,UFMS)
INTRODUÇÃO:
A uva japonesa Hovenia dulcis Thunb – Rhamnaceae, é uma planta heliófila com até 25 m de altura, o fruto é pequena cápsula globosa seca com 2 a 4 sementes, preso a um pedúnculo carnoso cor de canela com sabor doce e agradável. Sementes alaranjadas ou avermelhadas quando recém colhidas e passando para marrom e pretas com o tempo. A regeneração natural por sementes é intensa, o que lhe confere capacidade invasora em florestas onde houve interferência de exploração seletiva, ocorrendo também em ambientes abertos e áreas degradadas; clareiras de florestas; margens de rodovias, sendo utilizada na recuperação de áreas degradadas. A madeira é usada na construção civil .
Como determinada espécie pode responder de maneira diferenciada à dormência e aos fatores ambientais como água, luz, temperatura e oxigênio e à presença de agentes patogênicos, associados ao tipo de substrato para sua germinação, o conhecimento das condições adequadas para a germinação de sementes de uma espécie é de fundamental importância. Assim tratamentos pré-germinativos são importantes para uniformizar e acelerar a germinação das sementes.
O objetivo desse trabalho foi avaliar a germinação das sementes de uva japonesa em função da disponibilidade de luz e tratamentos pré-germinativos.
METODOLOGIA:
As sementes de uva japonesa foram extraídas de frutos colhidos em árvores na cidade de Dourados, MS. A cidade situa-se na região Centro-Oeste, porção Sul do Estado de Mato Grosso do Sul, abrangendo área de 4.500 km², a 18º07’03 “de latitude Oeste e 54º25’07” de longitude Sul.
No Laboratório de Botânica do Centro Universitário da Grande Dourados/UNIGRAN, as sementes foram processadas, tratadas com hipoclorito de sódio a 1% por 10 minutos para desinfecção (Brasil, 1992) e posteriromente receberam os seguintes tratamentos pré-germinativos: (imersão por 12 horas em 1) ácido giberélico 100 mgL-1 ; 2) ácido giberélico 200 mgL-1; 3)nitrato de potássio 1%; 4) imersão em água quente por 10 minutos; 5) testemunha. A semeadura ocorreu em três condições ambientais: no laboratório com temperatura de 23o C • 2 e umidade relativa de 52 • 2 %, (em placa de petri sobre duas folhas de papel de filtro as sementes receberam 1) (luz indireta e 2) escuro, obtido envolvendo a placa em papel alumínio; 3) no viveiro, com temperatura de 30o C  2 e umidade relativa de 60  2 %, a pleno sol em embalagem plástica contendo terra + areia como substrato. A pleno sol, as sementes foram enterradas a 2 cm de profundidade.
Foram avaliados a porcentagem e o índice de velocidade de germinação das sementes segundo Popinigis (1985) e os dados analisados pelos testes F e Duncan a 1 % de probabilidade.
RESULTADOS:
Não foi observada diferença significativa para a porcentagem e índice de velocidade de germinação em nenhuma condição ambiental . As sementes a pleno sol podem ter apresentado um IVG menor provavelmente devido à profundidade de semeadura, o que dificulta a emergência da plântula e retarda a avaliação. Os resultados indicam que as sementes de uva-japonesa são indiferentes à luz para germinar, podendo ser consideradas fotoblásticas neutras..
A maior porcentagem de germinação foi observada nas sementes tratadas com água quente por 10 minutos e a menor germinação nas testemunhas. Entretanto, embora a germinação nas sementes tratadas tenha sido superior a 50%, outros tratamentos deveriam ser testados, como por exemplo à imersão em água quente por um tempo mais prolongado, para elevar a germinação das sementes. Os tratamentos com giberelina não se mostraram eficientes na elevação da germinação comparados aos demais tratamentos. Considerando o custo/benefício, o tratamento com giberelina não deve ser indicado. O índice de velocidade de germinação foi maior nas sementes tratadas com água quente e giberelina, com valores que não variaram entre si estatisticamente. Entretanto, o IVG das sementes tratadas com GA 200 mg L-1 não variaram significativamente da testemunha e
KNO3O 1%.
CONCLUSÕES:
Baseado nos resultados encontrados nesse trabalho, pode concluir que as sementes de uva japonesa são indiferentes à luminosidade. A imersão em água quente proporcionou melhor germinação.
Instituição de fomento: Departamento Gaslab/ Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul /UEMS
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  fotoblastismo; giberelina; nitrato de potássio.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005