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| C. Ciências Biológicas - 6. Farmacologia - 3. Toxicologia | ||
| OBTENÇÃO E AVALIAÇÃO DA LETALIDADE DO ÓLEO ESSENCIAL EM AMOSTRAS DE GUAVIRA | ||
| Mônica Alessandra Silva Alencar 1 (masssa@ibest.com.br) e Claudia Andrea Lima Cardoso 2 | ||
| (1. Graduanda do Depto de Química, Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul – UEMS; 2. Profa. Dra. do Depto. de Química, Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul – UEMS) | ||
| INTRODUÇÃO:
A busca por novos fármacos movimenta pelo mundo inúmeras pesquisas com plantas visando isolar substâncias com atividades biológicas e assim interessar o mundo da indústria farmacêutica. Estima-se que no Brasil o volume comercializado com a venda de produtos a base de plantas medicinais situa-se em torno de 500 milhões de dólares/ano. As espécies de Campomanesia , conhecidas popularmente como guavira, são difundidas na medicina popular. Popularmente espécies deCampomanesia são empregadas na forma de efusões para depuração do sangue, anti-diarreíco, anti-reumático e para diminuir as taxas sanguíneas de colesterol. Campomanesia xanthocarpa. é caracterizada como uma espécie arbórea, sendo produtora de frutos verde-amarelos, os quais são consumidos in natura, além de serem utilizados como sucos, sorvetes, licores. Estudos recentes com as folhas desta espécie mostraram bom resultado da mesma como antiulcerogênica. No estudo de atividades biológicas em extratos vegetais, é importante a seleção de bioensaios para a detecção do efeito específico. Estes devem ser simples, sensíveis e reprodutíveis. O ensaio realizado com os microcrustáceos marinhos Artemia salina, permitem avaliar a toxicidade da planta. Esse trabalho visou determinar o rendimento de obtenção e a toxicidade dos óleos essenciais extraídos das folhas de guavira, coletadas nos municípios de Dourados-MS. |
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| METODOLOGIA:
O material vegetal utilizado foi coletado de quatro diferentes espécimes situados na reserva da Fazenda Fortaleza em Dourados-MS. Esses pontos foram identificados por pontos 8, 9, 10 e 11. Somente o ponto 9 foi identificado botanicamente como Campomanesia xanthocarpa , as demais exsicatas estão em processo de identificação botânica. Os óleos essenciais foram extraídos das folhas de guavira in natura. 200g de cada amostra foram processadas com 1,5L de água e submetida a um processo de hidrodestilação em aparelhagem Clevenger por 4 h, obtendo assim as amostras de óleo essencial. Ovos de Artemia salina, foram eclodidos em um mini-aquário em solução salina (38 g/L de NaCl) por 48 h. Em seguida foram preparadas soluções de concentração 2 ppm e 4 ppm de cada óleo extraído. De cada umas destas soluções foram retirados 0,5ml e transferidos para tubo de ensaio onde foram adicionados 4,5ml de solução salina. Dez espécimes dos microcrustáceos foram transferidos para cada um dos tubos de ensaio. A contagem dos animais mortos e vivos foi realizada após 24 hs. O experimento foi realizado em triplicata |
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| RESULTADOS:
Os rendimentos obtidos na extração do óleo essencial ficaram em torno de 0,1 por cento para todos os pontos testados. Os dados foram tratados e as porcentagens de mortes foram estabelecidas para cada ponto de coleta e para cada concentração de óleo (2ppm e 4ppm). A letalidade foi de 100% para as concentrações de 4 ppm para os pontos 8, 10 e 11. Para as concentrações de 2 ppm, a letalidade foi de 40 % no ponto 8 e nos pontos 10 e 11 não possível realizar nenhuma correlação nesta concentração, em função da grande variação observada nas análises realizadas. No ponto 9 não houve mortes em nenhuma das concentrações. A mortalidade dos microcrustaceos pode ser correlacionada à qualidade da amostra coletada. O comprometimento das folhas coletadas no ponto 9 de Campomanesia xanthocarpa , em função do ataque de pragas, o qual não foi observado nos demais pontos, pode ser umas das explicações mais prováveis para baixa mortalidade nessa amostra. O ponto 8 apresentou as folhas mais saudáveis. Caso seja comprovada que o ponto 8 seja Campomanesia xanthocarpa a alta letalidade obtida no teste para esse óleo pode estar associada ao não ataque de pragas. |
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| CONCLUSÕES:
A alta letalidade nos óleos essenciais obtidos nos pontos 8, 10, e 11, pode ser atribuída ao não ataque de pragas nestas amostras em relação ao ponto 9 ou por se tratarem de espécies diferentes. As amostras testadas apresentaram um baixo rendimento na extração do óleo essencial e o mesmo não apresentou um odor agradável em nenhuma das amostras. |
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| Instituição de fomento: PIBIC (UEMS) e FUNDECT | ||
| Trabalho de Iniciação Científica | ||
| Palavras-chave: óleo essencial; Campomanesia; guavira. | ||
| Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |