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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 6. Educação Especial
A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTINUADA PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
ARIADNA PEREIRA SIQUEIRA 1 (ariadnasiqueira@hotmail.com), KAROLINI GALIMBERTI PATTUZZO 1 e DENISE MEYRELLES DE JESUS 1
(1. DFEOE/CENTRO DE EDUCAÇÃO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - UFES)
INTRODUÇÃO:
A educação de alunos com necessidades educativas especiais é algo complexo que exige criatividade, um olhar diferenciado, cooperação, trabalho coletivo, reflexão por parte de toda a equipe envolvida no processo de inclusão. Entretanto, os professores queixam-se de se encontrarem sozinhos nesse processo. Sendo assim, entendemos que a formação continuada é relevante enquanto espaço para o professor discutir e refletir sobre a sua própria prática de modo a criar ambientes educativos que favoreçam o processo ensino-aprendizagem de seus diferentes alunos e se necessário que estes possam realizar diferentes percursos. O nosso estudo tem como objetivo principal a preocupação de compreender e aprofundar reflexivamente o processo de inclusão e as nuances que o perpassam. Assim, procuramos entender a dinâmica do grupo participante da formação continuada de modo a perceber como este vem “lidando” com a inclusão em cada ambiente educativo. Esta é uma pesquisa ação-reflexivo-crítico-colaborativa que vem sendo orientada pela Profª Drª Denise Meyrelles de Jesus, intitulada “Construindo uma prática pedagógica diferenciada pela via da formação continuada”.
METODOLOGIA:
Os sujeitos envolvidos no processo são grupos de profissionais de 07 instituições municipais de ensino regular no município de Vitória/ES que participam do grupo de estudo coordenado por uma professora juntamente com o auxílio de doutorandos, mestrandos e bolsistas de iniciação científica da Universidade Federal do Espírito Santo. A proposta utilizada gira em torno da pesquisa ação-reflexivo-crítico-colaborativa, no qual se utilizam das estratégias que percorrem desde discussões sobre as propostas de uma educação inclusiva até reflexões sobre as práticas e experiências ocasionadas nas escolas. Além disso, é proporcionado divisões de grupos temáticos de forma a encaminhar discussões e reflexões críticas envolvendo toda a comunidade escolar e não se limitando aos profissionais participantes do grupo de formação continuada.
RESULTADOS:
Inicialmente foram realizadas discussões teóricas atinentes ao assunto, uma vez que esta era a necessidade do grupo. Paralelamente a essa dinâmica, foi proposto ao grupo que eles apresentassem seus anseios, desejos, receios sobre o processo de inclusão de cada escola ali representada. Esta dinâmica se apresentou um pouco complexa, pois o grupo teve dificuldade de se expressar e quando o fez foi possível perceber como algumas escolas se aproximavam no que diz respeito a necessidades e preocupações sobre a real implementação de uma educação inclusiva. Sendo assim, essa dinâmica culminou em propostas criadas pelas instituições participantes que consistia em minicurso e palestras, por exemplo. Enfim, a nossa busca gira em torno de efetivar e fazer diferente em cada contexto escolar de forma a proporcionar um maior conhecimento e reflexões sobre o tema.
CONCLUSÕES:
Fica evidente que a ação por meio da mediação do grupo pode ser disparadora de movimentos dos profissionais no sentido de criar dispositivos em suas escolas para uma educação mais inclusiva. Bem como que a perspectiva da pesquisa-ação-colaborativa se constitui em uma possível forma de intervenção-colaboração entre a Universidade e as unidades escolares, com o intuito de provocar mudanças nas práticas educativas do cotidiano escolar além de reflexões críticas em nível macro-social.
Instituição de fomento: CNPq
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Formação Continuada; Inclusão; Reflexões críticas.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005