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C. Ciências Biológicas - 14. Zoologia - 6. Zoologia
DIVERSIDADADE DE MACROINVERTEBRADOS BENTONICOS NAS CABECEIRAS DE CÓRREGOS PERTENCENTES ÀS BACIAS DOS RIOS PARAGUAI E PARANÁ NA PORÇÃO SUL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL.
Aurea Luiza Lemes da Silva 1 (luizalemes@hotmail.com), Glaucia Nunes Santos 1 e Jelly Makoto Nakagaki 1
(1. GASLAB/Laboratório de Ecologia. Universidade estadual de Mato Grosso do Sul-UEMS)
INTRODUÇÃO:
Nas últimas décadas, os ecossistemas aquáticos têm sido alterados de maneira significativa em função dos múltiplos impactos advindos de atividades antrópica. Como conseqüência, tem se observado uma expressiva queda da qualidade da água e perda da biodiversidade aquática, em função da desestruturação do ambiente físico, químico e alteração da dinâmica natural das comunidades biológicas. Os macroinvertebrados bentônicos são organismos de pequenas dimensões que habitam o fundo de ecossistemas aquáticos durante pelo menos parte de seu ciclo de vida, associado aos mais diversos tipos de substratos. O uso destes como bioindicadores da poluição de córregos e riachos vem sendo empregado com sucesso no monitoramento de águas, já que os mesmos apresentam sensibilidade não só a poluição, mas também às alterações do hábitat, fornecendo uma resposta integrada e rápida às condições de poluição e outros impactos ambientais.
Objetivou-se nesse trabalho determinar a diversidade da comunidade de macroinvertebrados bentônicos em córregos de primeira ordem e relacioná-las com as condições biológicas do ambiente
METODOLOGIA:
Foram realizadas amostragens pontuais no período de 09/03/2004 a 11/03/2004 envolvendo 17 córregos nas cabeceiras das bacias dos rios Paraguai e Paraná, localizados na serra de Maracaju ao Sul do Estado de Mato Grosso do Sul entre os municípios de Sidrolandia e Ponta Porã. As amostragens foram realizadas com puças em forma de “D” com malha de 1mm os quais foram colocadas sobre o fundo desalojando-se os animais e revolvendo-se o cascalho do fundo (kick net) com esforço aproximado de 10 min. As amostras foram lavadas em água corrente sob peneira (500m) e posteriormente triadas e fixadas em álcool 70% para posterior identificação até o menor nível taxonômico possível. A variação espacial na composição de espécies foi verificada através de análise de agrupamento utilizando o índice de Morisita-Horn e o método de ligação UPGMA.
RESULTADOS:
Os resultados demonstraram uma baixa riqueza taxonômica sendo um total de 10 táxons, bem como uma baixa abundância relativa nos táxons de macroinvertebrados. Os organismos mais abundantes foram: Coleoptera (Elmidae, Hydrophilidae), Odonata (Libellulidae, Coenagrionidae, Aeschnidae), Crustacea (Decapoda), Hemiptera, Tricoptera, Megaloptera, Diptera (Chironomidae, Ceratopogonidae), Mollusca (Gastropoda e Bivalvia), Ephemeroptera, Hymenoptera e Annelida.
CONCLUSÕES:
A baixa riqueza observada entre os córregos está associada as características de um córrego de primeira ordem, além do alto nível de desmatamento da mata ciliar observado em praticamente todas as cabeceiras, o que em alguns casos levou ao acentuado processo de assoreamento. De modo geral, os resultados obtidos foram úteis para demostrar o papel dos macroinvertebrados como bioindicadores da qualidade/saúde dos ecossistemas aquáticos.
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Macroinvertebrados; Córregos; Bioindicadores.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005