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A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 4. Química de Produtos Naturais
ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE EXTRATOS DE Cecropia pachystachya Trec (IMBAÚBA)
Katyuce de Souza Farias 1, Tatiana Salvador Nogueira Santos 1, Ana Lúcia Alves de Arruda 1, Maria Carolina Silva Marques 1, Alda Maria Teixeira Ferreira 1, Norlene Regina Bueno 1 e Rachel Oliveira Castilho 1
(1. Curso de Farmácia, Universidade Católica Dom Bosco - UCDB)
INTRODUÇÃO:
A Cecropia pachystachya, conhecida popularmente como embaúva, imbaúba, umbaúba, árvore da preguiça, etc, pertence à família Cecropiaceae, que contem 6 gêneros e 200 espécies das quais 37 espécies ocorrem no Brasil. As espécies deste táxon encontram-se distribuídas nas regiões tropicais e neotropicais de todo o mundo, tendo ocorrência freqüente na região do equador, cujos exemplos mais representativos da família são a embaúba (Cecropia pachystachya e Cecropia hololeuca. No Brasil, plantas desta família ocorrem nos estados do Ceará, Bahia, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul até Santa Catarina, sendo encontrada no cerrado e Mata Atlântica, de preferência em ambientes úmidos. A Cecropia pachystachya é utilizada na medicina popular para diversas doenças, já tendo comprovação experimental, para alívio da tosse, asma, vitiligo e como hipotensivo. As principais classes de substâncias isoladas do gênero Cecropia são: terpenóides e flavonóides. Os flavonóides são reconhecidamente substâncias que têm atividade antioxidante. A atividade antioxidante de algumas plantas parece estar diretamente relacionada com a prevenção de doenças degenerativas e de importantes patologias. Nas ultimas décadas foram realizadas inúmeras pesquisas para esclarecer o papel dos radicais livres em processos fisiopatológicos como o envelhecimento, o câncer, a aterosclerose e inflamação. Com isso a industria farmacêutica e de cosméticos está interessada na ação dos antioxidantes, pois os mesmos impedem as ações maléficas dos radicais livres. O objetivo deste trabalho foi a avaliação da atividade antioxidante dos extratos apolares e polares de folhas de Cecropia pachystachya.
METODOLOGIA:
Para o ensaio do teste antioxidante foram preparadas soluções etanólicas nas concentrações de 5, 10, 25, 50, 125 e 250 µg/ml do extrato hexânico e etanólico de folhas de Cecropia pachystachya e solução de DPPH 0,3 mM em etanol. O teste foi realizado em triplicata. Os padrões positivos utilizados foram a rutina e o BHT (butil-hidrox-tolueno), além do controle com a solução de DPPH e álcool. Após um período de 30 minutos da adição da solução de DPPH foram feitas as leituras das absorbâncias em 516 nm no espectrofotômetro. Posteriormente, as médias dos percentuais da atividade antioxidante (%AAO) das amostras foram calculadas e plotadas em um gráfico versus a concentração, e por meio da regressão linear foi obtida a concentração efetiva em 50 % da dose (CE50).
RESULTADOS:
Após o cálculo das médias dos percentuais da atividade antioxidante para os dois extratos de C. pachystachya, a CE50 foi obtida por regressão linear (função polinomial). A CE50 do extrato hexânico de C. pachystachya foi de 10.5 µg/ml, enquanto que a CE50 do extrato etanólico foi de 9.4 µg/ml. Já o padrão positivo BHT apresentou uma CE50 de 5.65 µg/ml, enquanto a rutina de 2.27 µg/ml.
CONCLUSÕES:
Os extratos hexânico e etílico de Cecropia pachystachya apresentaram uma CE50 10,5 e 9,4 µg/ml respectivamente, valores esses superiores a CE50 dos padrões positivos BHT (5.65µg/ml) e rutina e (2.27 µg/ml). Portanto, esses resultados sugerem uma potencial atividade antioxidante, indicando uma planta promissora para o desenvolvimento de um novo antioxidante, por meio de estudos fitoquímicos direcionados por bioensaios guiados.
Instituição de fomento: UCDB
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Cecropia pachystachya; Antioxidante; DPPH.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005