IMPRIMIR VOLTAR
H. Artes, Letras e Lingüística - 1. Artes - 2. Artes Plásticas
O ENSINO DA XILOGRAVURA EM FORTALEZA, NA DÉCADA DE 1990 E SEUS DESDOBRAMENTOS: A OFICINA DE GRAVURA E PAPEL ARTESANAL DO MUSEU DE ARTE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
FRANCISCO SEBASTIÃO DE PAULA 1 (franciscopaula@cefetce.br)
(1. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO CEARÁ)
INTRODUÇÃO:
Analisamos o ensino da xilogravura na Oficina de Gravura e Papel Artesanal do Museu da Universidade Federal do Ceará, na década de 1990 através dos cursos de curta duração. Pesquisarmos o ensino e a metodologia aplicada na formação dos gravadores cearenses, investigarmos o desenvolvimento e os desdobramentos destes cursos, na produção desses artistas. Registrarmos a projeção, no Brasil e no exterior, da produção dos artistas após a formação nos cursos de xilogravura, bem como de outros artistas que se aproximaram do movimento da gravura e não estudaram nos cursos, mas passaram a participar das exposições a partir dali surgidas. A história da Xilogravura, desde a sua origem, seu desenvolvimento, sua decadência no Oriente e na Europa, a chegada ao Brasil e ao Ceará; a sua revitalização no século XX, como obra de arte independente. O retorno de Eduardo Eloy ao Ceará e o ambiente artístico da época. As tentativas de implantação da Oficina em outros dois lugares. Os cursos na Oficina de Gravura e Papel Artesanal do Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará Os artistas que estudaram e participaram das exposições, como também os artistas que não estudaram na Oficina de Gravura e Papel Artesanal do Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará, mas participaram das exposições. Além da Oficina de Gravura e Papel Artesanal sob do ponto de vista dos entrevistados.
METODOLOGIA:
A metodologia aplicada na realização desse trabalho, foi inicialmente através de 10 entrevistas concedidas pelos: professor, coordenador e os artistas que estudaram e os que não estudaram mas participaram das exposições da Oficina de Gravura e Papel Artesanal do Museu da Universidade Federal do Ceará; como também o diretor do Museu da Universidade Federal do Ceará. As entrevistas foram registradas com gravador.

O critério para escolhe-las, foi o fato de terem participado diretamente ou indiretamente das atividades da Oficina de Gravura e Papel Artesanal do Museu da Universidade Federal do Ceará ou o envolvimento com algum dos sePara aqueles que estudaram na Oficina de Gravura e Papel Artesanal do Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará, fizemos perguntas básicas a todos, como: sua formação a sua atuação na área das, artes plásticas, sobre a metodologia do ensino na Oficina de Gravura e Papel Artesanal do Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará, qual a contribuição que o ensino da xilogravura trouxe para o seu trabalho como artista plástico; qual o seu pensamento sobre o ensino da arte e também perguntas que foram surgindo de acordo com as repostas dadas pelos artistas. As respostas variaram bastante de um para outro dos entrevistados.
RESULTADOS:
Os resultados surgidos da pesquisa para investigarmos, e tentarmos compreender o processo da revitalização da xilogravura em Fortaleza na década de 1990, na Oficina de Gravura e Papel Artesanal do Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará, foram os seguintes: Constatamos a grande escassez de material didático nessa área, a grande carência existente no ensino da Arte em Fortaleza. Existe entre os nossos artistas um grande número sem nenhum tipo de formação artística, trabalhando intuitivamente, ficamos nos indagando se isso acontece por opção dele ou por falta de oportunidade de estudar, mesmo que fosse em cursos de curta duração; como também na maioria das tentativas de implantações de escolas, ou cursos na área das Artes Plásticas aqui no nosso Estado, quase sempre eram os artistas que estavam à frente das iniciativas, lutando para concretizar essas ações, mesmo quando elas aconteceram dentro de instituições públicas ou privadas. A falta de oportunidade de reciclagem para os nossos professores na área das Artes, poucos são os que têm oportunidade para a realização de intercâmbio; seja para viajar ou para participar de cursos em outros centros mais desenvolvidos. A necessidade de que tenhamos um investimento em todas as áreas das Artes, para que as outras áreas artísticas cearenses, possam conseguir ampliar o seu espaço e que apesar de toda a falta de estimulo e apoio aos nossos produtores de cultura, e com todas as dificuldades de sobrevivência, eles continuam produzindo.
CONCLUSÕES:
Ao final dessa pesquisa, chegamos a algumas reflexões, que consideramos merecer a atenção dos profissionais envolvidos na área do ensino da Arte em nosso Estado. A grande carência existente no ensino da Arte em Fortaleza. Existe entre os nossos artistas um grande número sem nenhum tipo de formação artística, trabalhando intuitivamente. Ficamos nos indagando se isso acontece por opção dele ou por falta de oportunidade de estudar, mesmo que fosse em cursos de curta duração. Apesar de toda a falta de estimulo e apoio aos nossos produtores de cultura, e com todas as dificuldades de sobrevivência, eles continuam produzindo. Na maioria das tentativas de implantações de escolas, ou cursos na área das Artes Plásticas aqui no nosso Estado, quase sempre eram os artistas que estavam à frente das iniciativas, lutando para concretizar essas ações, mesmo quando elas aconteceram dentro de instituições públicas ou privadas. A falta de oportunidade de reciclagem para os nossos professores na área das Artes, poucos são os que têm oportunidade para a realização de intercâmbio; seja para viajar ou para participar de cursos em outros centros mais desenvolvidos. Isso ocasiona uma defasagem na ampliação de novos conhecimentos, em adquirir novas técnicas, experimentação de novos materiais e com novas mídias.
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  xilogravura; Museu da Universidade Federal do Ceará; oficinas.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005