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C. Ciências Biológicas - 14. Zoologia - 5. Zoologia Aplicada

MACROFAUNA INCRUSTANTE DO MESOLITORAL DE SUBSTRATOS DUROS NÃO CONSOLIDADOS DA BAÍA DE BENEVENTES. III– COSTA AZUL (IRIRI) E DO BALANÇO (ANCHIETA)

Haroldo Lobo S. Nascimento ¹ (haroldo_lobo@pop.com.br), Luciana Falci T. Rodrigues ¹, Wagner G. Villa Verde ¹ e Gilson Alexandre de Castro ¹

(1. Depto. de Zoologia, Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF.)

INTRODUÇÃO:
Um dos ambientes estudados, com condições ambientais um pouco diferentes daquelas das paredes verticais, é formado por blocos de pedras soltas de vários tamanhos em frente a costões rochosos e que podem ocupar áreas extensas. Estes blocos abrigam uma comunidade constituída principalmente por algas, em sua face superior, e de invertebrados sésseis ou sedentários na face inferior. Herbívoros ou predadores vagéis também fazem parte desta comunidade. Perturbações são freqüentes devido à movimentação das pedras dependendo das condições do tempo e do mar. Este último expõe os organismos da face inferior a predação ou dessecação em maré baixa e os da face superior ao sufocamento e à falta de luz necessária à fotossíntese no caso das algas.
A região entremarés tem sido um dos ambientes de destaque no estudo das comunidades bentônicas, pelo fato do fácil acesso e os organismos que habitam ficarem expostos nas marés baixas de modo que permita a coleta dos mesmos. O objetivo do presente estudo diz respeito à caracterização da fauna em termos de composição e abundância de espécies sésseis, sedentárias e vágeis, caracterizações iniciais do hidrodinamismo, capacidade de abrasão da areia e porosidade das pedras.

METODOLOGIA:
As pedras no costão constituem um substrato discreto, de tamanho definido, o que propicia o estudo da influência da área disponível para a comunidade. Como área disponível, foi considerada somente a área da face inferior de cada pedra, sendo esta a medida do “tamanho” da pedra.
Para amostragem foram selecionadas 10 unidades (pedras) amostrais de 800cm2 do mesolitoral, sendo cinco do estrato superior e cinco do estrato inferior, analisando a área da face inferior de cada pedra nos costões das praias Costa Azul, localizadas no balneário de Iriri, e praia do Balanço, no município de Anchieta, durante a maré diurna de sizígia no dia 05 de junho de 2004.
Estas foram escolhidas por serem semelhantes aos utilizados em outros trabalhos e se encontrarem disponíveis nos locais de estudo. Foram amostradas dez pedras. Para cada uma das pedras fez-se uma listagem de todas as macroespécies (com diâmetro maior que 1 mm) sésseis que pudessem ser individualizadas pelo menos ao nível de morfoespécie.
As amostras são colocadas em vidros com anestésicos (Mg^{2As análises estatísticas utilizadas na avaliação das comunidades são: densidade total e o índice de Brillouin.}

RESULTADOS:
Os resultados apresentaram desde espécimens sésseis, sedentário até organismos vágeis, expressos de sete a treze taxa, caracterizando-se por Porífera, Cnidaria, Turbellaria, Sipuncula, Polychaeta, Nemertea, Polyplacophora, Gastropoda, Bivalvia, Ofiuroidea, Crustacea, Pycnogonida e Bryozoa. Esta variabilidade de taxa, sob cada pedra, provavelmente está incrementado pela heterogeneidade de micro-ambientes encontrados. Assim como a localização da pedra em relação ao nível e altura da maré poderá estar influenciando a diversidade dos taxa. Quanto ao hidrodinamismo, capacidade de abrasão e a porosidade das pedras estes tem sido analisados não constatando ainda relevâncias significativas.

CONCLUSÕES:
É importante considerar que, através da realização de estudos de maior tempo, poderemos obter resultados que poderão evidenciar sobre a preservação do ambiente.

Palavras-chave: macrofauna; mesolitoral; incrustação.

Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005