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D. Ciências da Saúde - 2. Medicina - 8. Medicina | ||
FORMAÇÃO DE EDUCADORES EM SAÚDE: OPINIÃO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA DA UFPB. | ||
Clarissa Barros Madruga 2 (clarinha_med@yahoo.com.br), Gustavo Nogueira de Holanda 2, Inês de Oliveira Maia 2, Renata Rolim de Sousa 2 e Severino Ramos de Lima 1 | ||
(1. Departamento de Promoção da Saúde, Universidade Federal da Paraíba; 2. Curso de graduação em medicina, Universidade Federal da Paraíba) | ||
INTRODUÇÃO:
Estudantes do curso de graduação em medicina obtém conhecimento técnico e científico dentro da universidade, mas é certo que as atividades de promoção da saúde e o conhecimento do processo de estabelecimento da doença não podem ser conhecidas ou praticadas se não houver contato direto com a comunidade. A capacitação para a elaboração de programas educacionais em saúde deve estar incluída na formação médica, sendo responsabilidade do profissional desenvolver estes programas nas comunidades. Nosso objetivo foi descrever a percepção e experiências educativas em saúde dos graduandos de medicina da UFPB. A importância desse tipo de investigação decorre da necessidade de aperfeiçoamento do processo de ensino médico, adequando-o à população que será atendida e à formação do médico humanizado. |
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METODOLOGIA:
Como metodologia, foi utilizada abordagem indutiva e procedimento estatístico-descritivo. Os dados foram coletados por observação direta extensiva, através de questionários, e analisados quantitativa e qualitativamente. A amostra foi composta por 80 estudantes matriculados regularmente no curso de graduação de medicina da Universidade Federal da Paraíba. Os estudantes foram distribuídos em dois grupos diferentes, levando-se em consideração a época de entrada dos alunos no ambiente hospitalar: Grupo I (1º ao 4º semestre - básico - 42 alunos) e Grupo II (5º ao 12º semestre - profissional - 38 alunos). |
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RESULTADOS:
Como resultados, tivemos: a) idade média de 21,6 anos e distribuição igual (50%) entre os gêneros; b) quanto à participação em projetos de extensão, esta foi maior (50%) em estudantes do Grupo II do que entre aqueles do Grupo I (16,66%); c) a maioria (92,5%) afirmou que a Extensão contribui na formação de educadores; d) a Extensão foi definida como campo de treinamento prático (22,5%) e forma de interação sociedade-universidade (21,25%); e) o conceito de saúde como bem-estar físico-psíquico-social foi citado por 23,81% dos estudantes do Grupo I e 55,26% dos estudantes do Grupo II; f) quanto ao conceito de Educação, a maioria (45%) afirmou que seria “aquisição ou transmissão de conhecimentos”; g) Palestras (50,72%), campanhas publicitárias (31,88%) e visitas à comunidade (26,09%) foram as atividades mais citadas; h) a maioria (66,25%) não se sente preparado para atuar em práticas de educação em saúde. |
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CONCLUSÕES:
Concluímos que a preparação oferecida pelo curso para práticas educativas em saúde, segundo os estudantes, é insuficiente, não sendo devidamente contemplada na formação do profissional médico. Uma das maneiras de superar essa deficiência é através da participação dos estudantes em atividades de Extensão, que foram mais comuns entre os estudantes a partir do 5º período. |
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Trabalho de Iniciação Científica | ||
Palavras-chave: Educação; Saúde; Ensino Médico. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |