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| G. Ciências Humanas - 7. Educação - 6. Educação Especial | ||
| MATERIAL DIDÁTICO PARA EDUCAÇÃO DE PESSOAS SURDAS: USOS E POSSIBILIDADES NO RN | ||
| Milena Paula Cabral de Oliveira 1 (milenapaulac@yahoo.com.br), Ana Lúcia Assunção Aragão 1 e Luzia de Fátima Medeiros de Oliveira 1 | ||
| (1. Depto.de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN) | ||
| INTRODUÇÃO:
Na atualidade, profundas transformações nos paradigmas sociais têm perpassado o sistema educacional, entre estas, a inclusão de pessoas com necessidades especiais em sala de aula regular, na qual foi assegurada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96. No Rio Grande do Norte estas pessoas foram incluídas no ensino regular antes da promulgação da referida Lei, principalmente os educandos surdos, que desde 1994 encontram-se nestas salas de aula como afirma Silva (2000). Desta forma, o processo de inclusão tem como princípio norteador garantir o direito de todos a educação, porém, possibilitar este acesso é também proporcionar aos professores um suporte pedagógico para trabalhar com estes alunos, ou seja, formações específicas e materiais didáticos concernentes às necessidades dos educandos. Assim, é com base nesta assertiva que objetivamos a elaboração de um material didático que auxilie ao professor que tem alunos surdos incluídos em sala de aula regular, principalmente no planejamento do fazer pedagógico e que o mesmo seja de fácil acessibilidade ao professor e aos educandos surdos e ouvintes. Este material consiste em um dicionário de língua de sinais, ressaltando os usos e variações da cultura do Rio Grande do Norte, constituído de ilustração e aplicação do sinal em LIBRAS e signwriting a língua escrita de sinais. |
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| METODOLOGIA:
O processo metodológico para a produção desse material didático foi composto pelas seguintes etapas: na 1ª etapa realizamos a fundamentação teórica específica na área de surdez com Oliveira (2003), Sutton (2001), Capovilla (2000) Quadros (1997) e Quadros & Karnopp (2004). Ainda neste processo buscamos levantar os principais sinais básicos da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, da língua escrita de sinais, bem como os sinais específicos da cultura local. Na 2ª etapa, categorizamos os sinais levantados em áreas do conhecimento disciplinar e sistematizamos a utilização destes com um grupo de instrutores surdos. No processo de sistematização utilizamos como instrumento de coleta de dados a observação participante, entrevistas não - estruturadas, material ilustrativo, registro fotográfico e filmagens - com base nas proposições de metodologia da pesquisa de Laville e Dione (1999). A 3ª etapa compreende a organização do material coletado para publicação e distribuição como suporte pedagógico à prática docente. |
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| RESULTADOS:
Assim, os resultados de nossa pesquisa inferem que o processo educacional inclusivo e de qualidade exige da escola novos mecanismos para facilitar a ação do ensinar e do aprender. No tocante a educação de pessoas surdas, um dos mecanismos está diretamente relacionada à utilização de materiais visuais. Então compreendemos a importância de um material didático para a educação dessas pessoas. Embora tenhamos atualmente alguns materiais didático-visuais produzidos no Brasil, estes apresentam alguns problemas que contribuem para a sua não utilização como um auxílio pedagógico no planejamento das estratégias de ensino, pois, em sua maioria, os materiais editados graficamente exigem do professor um tempo maior para pesquisa, não apresentam sinais da cultura local, bem como são de difícil acesso e utilização, tanto pelos professores como pelos alunos. O dicionário que está em fase de elaboração na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, será subdivido por áreas do conhecimento disciplinar, o que facilita no momento da pesquisa que pode se dar pela busca do verbete sinalizado. Outro meio facilitador seria o próprio manuseio do material por estar organizado em cadernos temáticos, proporcionando assim maior auxílio na comunicação, interação e pesquisa dos alunos surdos, ouvintes e do professor. |
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| CONCLUSÕES:
Em suma, a produção de um material didático que comporte a modalidade de usos e variações locais é de suma importância como suporte pedagógico ao professor que tem alunos surdos incluídos em suas sala de aula regular, uma vez que, além de contribuir no momento do planejamento pedagógico, favorece a comunicação e interação com os alunos. Assim, acreditamos que a produção deste dicionário regional venha a suprir a carência que o professor têm em conhecer um maior repertório de verbetes da língua de sinais, e ainda, a dos alunos em terem sistematizado um material específico às suas necessidades especiais, com ilustração, significado e escrita dos sinais, que seja principalmente de fácil acessibilidade ao professor e ao aluno, o que conseqüentemente possibilita avançarem positivamente no processo de ensino e aprendizagem. |
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| Instituição de fomento: CNPq | ||
| Trabalho de Iniciação Científica | ||
| Palavras-chave: Inclusão; Material didático; Surdez. | ||
| Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |