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D. Ciências da Saúde - 2. Medicina - 7. Saúde Materno-Infantil | ||
ANÁLISE PROSPECTIVA DO ÍNDICE DE LÍQUIDO AMNIÓTICO EM GESTAÇÕES NORMAIS E COMPLICADAS. | ||
Leonardo José Sales da Costa 1 (leosales@click21.com.br), Helvécio Neves Feitosa 2, Francisco José Costa Eleutério 2, André de Castro Alcântara Carvalho 1, Elaine Cavalcante dos Santos 1, Emanuelle Santiago Pereira 1, Fabergna Dianny de Almeida Sales 1, Francisco Renato dos Santos Albano 1, Karine Feitosa Ximenes 1 e Fabrício da Silva Costa 1 | ||
(1. Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual do Ceará - UECE; 2. Depto. de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Geral de Fortaleza - HGF) | ||
INTRODUÇÃO:
O líquido amniótico (LA) é importante para o crescimento, desenvolvimento e funções fetais. Ele protege o feto contra traumas e é formado pela reabsorção através das membranas corioamnióticas, exsudato alveolar, urina fetal e pelas trocas fetais. Foi demonstrado que aproximadamente 3600ml de líquido amniótico são trocados, entre a mãe e o feto, a cada hora. Este é um processo ativo que depende do bem estar fetal, da saúde materna e da integridade da placenta e seus anexos. O volume considerado normal para o líquido amniótico varia de acordo com a idade gestacional. Os valores encontram-se em torno de 250ml na 16a semana, atingindo 1000ml na 34a semana. O volume do líquido também se relaciona com os pesos fetal e placentário. Atualmente, o ultra-som é o melhor método para a avaliação do líquido amniótico. Várias metodologias foram propostas para a sua medida sonográfica. Entre elas, a análise subjetiva, o índice de líquido amniótico (ILA) e a medida do bolsão mais profundo são as mais utilizadas. Apesar do grande número de estudos existente, sobre o ILA, na literatura, poucas pesquisas o avaliaram de forma prospectiva em populações de baixo risco, na tentativa de predizer complicações da gestação e do período perinatal. Este trabalho tem por objetivo analisar, prospectivamente, o ILA em gestantes de baixo risco, que apresentaram, ou não, complicações da gestação e do período perinatal. |
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METODOLOGIA:
Foi estudado, de maneira prospectiva, o ILA de 45 primigestas sem patologias no momento da inclusão no estudo. O ILA foi realizado em quatro períodos da gestação: 18-20, 24-26, 28-30 e 34-36 semanas e seus valores correlacionados com o surgimento de complicações gestacionais e perinatais, Doppler das artérias uterinas, idade gestacional ao parto, vias de parto e o peso dos recém-nascidos. |
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RESULTADOS:
O ILA não mostrou diferença estatística entre as pacientes com gestações normais e complicadas em nenhum dos quatro períodos estudados. Também não mostrou associação com a idade gestacional ao parto, as vias de parto e o peso dos recém-nascidos. Observou-se que a média do ILA entre 28-30 semanas é mais elevada (p= 0,004) nas pacientes com incisura bilateral que nas com Doppler normal. |
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CONCLUSÕES:
A avaliação prospectiva do ILA em gestações de baixo risco parece não ser um bom preditor de complicações gestacionais ou perinatais. |
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Palavras-chave: Gestação; Amniótico; Ultra-sonografia. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |