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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 5. Educação de Adultos | ||
O ALUNO TRABALHADOR DO CURSO NOTURNO E O DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES EXTRACLASSE | ||
Antoniel Wagner F. Pereira 1, Fernando Alves de Almeida 1, Sandra Alves de Oliveira 1, Kátia Montalvão 1 e Cláudio Bispo de Almeida 1, 2 | ||
(1. Depto. de Educação, Universidade do Estado da Bahia - UNEB, Campus XII; 2. Escola Estadual Idalice Nunes - EEIN) | ||
INTRODUÇÃO:
O ensino é um direito a toda população, mas o que se observa é uma numerosa soma de alunos, jovens e adultos trabalhadores que, por razões diversas, sofrem dificuldades para completarem o ensino regular e/ou superior. Uma dessas dificuldades é o nosso objeto de estudo neste trabalho, que é o “Aluno trabalhador do curso noturno e o desenvolvimento das atividades extraclasse”, por percebermos a importância dessa temática no meio acadêmico, com o objetivo de constatar como é encarada essa prática tanto pela escola, quanto por alunos e professores e qual a sua influência na vida desses alunos. |
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METODOLOGIA:
Realizamos as pesquisas com professores e alunos, totalizando 12 alunos e 06 professores, escolhidos de forma aleatória em uma instituição de ensino superior (UNEB – Universidade do Estado da Bahia, Campus XII) e quatro de ensino médio (Colégios Luiz Viana Filho, Luís Eduardo Magalhães, Idalice Nunes e João Durval Carneiro) todas elas instituições públicas estaduais localizadas na cidade de Guanambi/Bahia. Adotamos como instrumentos de pesquisa questionários de entrevistas, observações “in loco” e entrevistas não-estruturadas, utilizando como aporte teórico, os pensamentos de Paulo Freire, Libâneo, Edgar Morin, entre outros. |
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RESULTADOS:
A escola é para esses alunos um instrumento mediador na construção do conhecimento, apesar de reproduzir a desigualdade, já que privilegia uma pequena parcela do alunado, fugindo de sua função primeira que é a de promover a educação de forma democrática, ficando claro que o problema não é o turno de ensino e nem a realização das atividades extraclasse, e sim um problema sócio-político-econômico vigente no país levando os jovens ao mercado de trabalho precocemente por questões de sobrevivência, suprimindo o seu tempo de estudo. |
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CONCLUSÕES:
Doravante, podemos constatar vários aspectos ligados a esta temática, e que uma das mais significativas foi a existência de um pacto “inconsciente” entre a escola/professores e alunos, o qual chamamos de “Pacto da Mediocridade”, onde o professor finge que ensina e o aluno finge que aprende, de forma que receba um diploma no final do curso, e desta forma continuem perpetuando este pacto, reproduzindo na escola, os erros da sociedade, ao invés de transformá-la. Propomos novos estudos que direcionem a uma escola diferenciada, que identifique o perfil e expectativas de seus alunos e, a partir dele, levantem propostas que se adequem às suas reais necessidades. |
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Trabalho de Iniciação Científica | ||
Palavras-chave: Aluno; Trabalhador; Estudo. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |