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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 3. Educação Ambiental
EVOLUÇÃO DO FOCO DA GESTÃO AMBIENTAL: UMA ANÁLISE HISTÓRICA
Dany Geraldo Kramer Cavalcanti e Silva 1 (dgkcs@yahoo.com.br), Walter Romero Ramos Silva Júnior 2, Sérgio Marques Júnior 3, Aurean de Paula Carvalho 4, Anésio Mendes de Sousa 5 e Bianca Caroline da Cunha Germano 6
(1. Escola Agrotécnica Federal de Araguatins –TO – Prof. MSc; 2. Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Mestrando / Programa de ciências naturais; 3. Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Prof. Dr. Programa de Engenharia de Produção; 4. Centro Educacional Antonina Milhomen – Araguatins / TO. Prof. Esp; 5. Escola Agrotécnica Federal de Araguatins –TO – Prof. MSc; 6. Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Graduanda / Faculdade de Medicina)
INTRODUÇÃO:
O ser humano começou a influenciar a natureza, milhares de anos atrás, quando diversas formas de indústrias primitivas, como agricultura, cerâmica e a manufatura de ferramentas de metal, tiveram seu início. Com o advento da Revolução Industrial, a influência do homem sobre os recursos naturais atingiu níveis de atividade preocupantes, por processos extrativos ou pela emissão de poluentes em maior quantidade, intensificados ainda mais após a Segunda Guerra Mundial (REINISCH, 1996 e EMERECIANO, 2000).
No período pós-guerra a qualidade de vida era medida pelo nível de consumo de uma população, seguindo o ciclo de extração de matéria prima, processamento, distribuição utilização e descarte dos resíduos sem preocupação com a degradação ambiental (SILVA, 2003 E ROMERO at al, 1999), envolvendo as etapas do ciclo de vida do produto, desde extração da matéria prima até o descarte final.
Apartir dos anos 60 em diante, as questões ambientais passam a ter maior foco de discussão em diversos ramos da sociedade, culminando nos anos 90 com o desenvolvimento da gestão ambiental, na qual a qualidade ambiental passa a ser vinculada a qualidade de vida e eficiência econômica, (SILVA, 2003, REINISCH, 1996 e DONOHOE, 2000).
Sabendo-se da importância social, econômica e cognitiva que existe sobre a gestão ambiental, busca-se através deste artigo discutir a evolução deste item, contribuindo com informações sobre a temática aqui abordada.
METODOLOGIA:
O presente trabalho foi desenvolvido através de uma pesquisa bibliográfica descritiva e exploratória, analisando-se artigos científicos, livros e demais referências bibliográficas a luz do tema estudado.
RESULTADOS:
As inovações tecnológicas depois da II Grande Guerra contribuíram bastante para a economia mundial e na melhoria da qualidade de vida civilizada das pessoas, mas, por outro lado, seus produtos deram origem a diversos problemas sociais e ambientais (QUAZI at al, 2001; REINISCH, 1996). Cita-se o caso da "Doença Minamata", que ocorreu no Japão, provocada pelo mercúrio usado como catalisador na síntese dos acetoaldeídos, sendo despejado no mar provocando intoxicações na população (REINISCH, 1996).
Pode-se resumir a evolução do foco da gestão ambiental nos seguintes itens:
· Antes de dos anos 70: Reconhecimento da importância ambiental, contudo, pouco conhecimento sobre impactos ambientais fossem conhecidos. Rachel Carson mostra os esfeitos cumulativos do DDT na cadeia alimentar;
· Anos 70: Ocorre a Conferência Mundial de Estocolmo discutindo as questões ambientais, a sociedade começa a tomar atitudes de controle ambiental;
· Anos 80: Estágio de planejamento, ocorrendo diversos estudos de impactos ambientais, a sociedade passa a ter uma ação mais responsável. Ocorrem acidentes graves, Chernobyl e o Exxon Valdez;
· Anos 90: Inicia-se processos ambientais integrados nas organizações, principalmente após a Rio 92, onde discutiu-se a Agenda 21. Ocorre a criação da família ISO 14000;
· 2000 a 2005: entra em vigor o protocolo de Kyoto, visando controle de emissão de poluentes atmosféricos, sem adesão contudo dos Estados Unidos.
CONCLUSÕES:
Nos últimos anos, a gestão ambiental tornou-se uma das importantes atividades relacionadas com qualquer organização, passando a incorporação da variável ambiental, como novo passo no ajuste competitivo das empresas face às imposições da globalização econômica.
O desenvolvimento desse tipo de norma responde às recentes exigências de um desenvolvimento sustentável em acordo com as condições físicas e biológicas do planeta e com a sobrevivência condigna das gerações futuras. As normas ambientais também contribuem para um esforço mundial de diminuição e controle da poluição ou degradação ambiental. O setor produtivo passa a não ser mais uma alavanca do crescimento de um país, mas também, um gerador de condições e recursos para solucionar problemas sócio-ambientais existentes.
Contudo, muito precisa ser feito, pois segundo a RIO + 10, nenhum dos grandes desafios foi sequer equacionado e contemplado com propostas de ação “aqui e agora”. Apesar da urgência às vezes dramática dos problemas sociais e ambientais, na corrida entre a degradação dos ecossistemas e o “desenvolvimento”, prevalece a primeira, levando à falência do meio ambiente e da sociedade. Mais recentemente, a assinatura do protocolo de Kyoto, não contemplou o maior poluidor, o Estados Unidos, que não o assinou. Portanto, ações de conscientização da sociedade, através da educação ambiental devem estar integradas em todos os níveis de escolaridade buscando reversão deste quadro.
Palavras-chave:  gestão ambiental; análise histórica; educação ambiental.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005