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D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 4. Saúde Pública
COBERTURA VACINAL NA POPULAÇÃO ATÉ 1 ANO, NASCIDA EM 2003, NO MUNICÍPIO DE ITAIPULÂNDIA - PR
André Gustavo de Castro e Silva 1 (julianandre@ig.com.br), Juliana Dalcin Donini e Silva 2 e Edilson da Costa 3
(1. Instituto Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão - ISEPE; 2. Secretaria Municipal de Saúde de Itaipulândia - PR; 3. Pós-Graduando do Doutorado Interdisciplinar em Meio Ambiente)
INTRODUÇÃO:
Para que os serviços de saúde pública possam avaliar o nível de proteção da população sob sua responsabilidade contra doenças infecto-contagiosas evitadas por imunização é necessário conhecer qual é a cobertura vacinal real. A manutenção de altas coberturas diminui o risco de graves enfermidades ocorrerem e cumpre a meta estabelecida na PPI-ECD (Programação Pactuada Integrada de Epidemiologia e Controle de Doenças). O objetivo da pesquisa foi verificar a cobertura vacinal real na população até 1 ano, nascida em 2003 no município de Itaipulândia - PR, e analisá-la utilizando como denominadores os dados populacionais do SINASC (Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e do Inquérito de Cobertura Vacinal.
METODOLOGIA:
Trata-se de um inquérito transversal, útil para medir a situação de saúde e planejar o Programa Municipal de Imunizações. A pesquisa de campo do tipo quantitativa-descritiva foi realizada no segundo semestre de 2004, através da busca ativa dos nascidos vivos no ano de 2003, usando-se como instrumento de coleta de dados a ficha de inquérito vacinal, elaborada especialmente para este fim. Através de entrevista foram selecionadas quatro categorias de análise sobre as mães dessas crianças.
RESULTADOS:
O cálculo das coberturas vacinais, usando-se como denominador o resultado do inquérito (114), os dados do SINASC (122) e a meta do IBGE (167), foi respectivamente: BCG (100%, 93,44% e 68,26%); Hepatite B (100%, 93,44% e 68,26%); Antipoliomielite e Tetravalente (100%, 93,44% e 68,26%); Febre Amarela e Tríplice Viral (92,1%, 86,06% e 62,87%). Sobre as mães das crianças pesquisadas observou-se que 78% moravam até 1000 metros do posto de vacinação mais próximo; quanto aos anos de estudo, 6% não tinham nenhum, 25% estudaram de 1 a 4 anos, 36% de 5 a 8 anos e 33% tinham mais de 8 anos de estudo. A renda familiar mensal, em salários mínimos, é de menos de um para 27%, de um a quatro para 65% e de mais de quatro para apenas 5%.
CONCLUSÕES:
Através do inquérito verificou-se que a cobertura vacinal real para o ano de 2003 está acima de 95% - meta operacional básica. A boa escolaridade da maioria das mães pode ser uma das razões para este fato. A cobertura para as vacinas de 1 ano, Febre Amarela e Tríplice Viral, ficaram abaixo da meta porque algumas crianças ainda não haviam completado a idade de vacinação no período da coleta de dados. Notou-se ainda através da análise da cobertura vacinal segundo os denominadores SINASC, IBGE e inquérito de cobertura, que somente este último fornece dados fidedignos de população e não superestimados, como no caso dos demais. A manutenção de altas coberturas significa proteger a população de doenças e ainda tem grande importância administrativa para o município, pois tendo cumprido sua meta, poderá pleitear recursos junto às esferas administrativas superiores. O inquérito domiciliar mostrou-se eficaz em apurar a cobertura vacinal real em uma população pequena, podendo ser adotado como um processo administrativo contínuo para pequenos municípios.
Palavras-chave:  cobertura vacinal; inquérito de cobertura; avaliação.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005