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D. Ciências da Saúde - 8. Fisioterapia e Terapia Ocupacional - 1. Fisioterapia e Terapia Ocupacional | ||
FORMAÇÃO PROFISSIONAL E O PAPEL DO FISIOTERAPEUTA NA REABILITAÇÃO SEXUAL DO PORTADOR DE LESÃO MEDULAR: OPINIÕES DE GRADUANDOS DE FISIOTERAPIA. | ||
Andréa Serra Graniço 1 (granico@ugf.br), André Custódio da Silva 2 e Vanessa Christina Costa da Silva 3 | ||
(1. Mestre - UGF, Prof. Dept. de Fisioterapia da Fundação Educacional Serra dos Órgãos - FESO – Teresóp; 2. – Mestrando, Prof. Dept. de Fisioterapia da Fundação Educacional Serra dos Órgãos - FESO – Teresópol; 3. Mestranda, Dept. Saúde Coletiva UERJ; 4 – Especialista, Prof. Dept. Fisioterapia FAMINAS) | ||
INTRODUÇÃO:
INTRODUÇÃO: No decorrer de 35 anos de profissão regulamentada no Brasil, a Fisioterapia vem passando por reformulações estruturais em diversos âmbitos seja na assistência, na pesquisa ou na atividade acadêmica. Seguramente um dos pontos que possui maior dinamicidade é o aspecto da formação profissional. Com o crescente número de instituições do ensino superior e consequentemente o aumento da oferta do bacharelado em Fisioterapia no país faz com que haja maiores reflexões sobre as necessidades do mercado e o papel do fisioterapeuta na sociedade. Alguns aspectos da formação do fisioterapeuta são bastante singulares e um ponto que merece destaque é a reabilitação sexual do portador de lesão medular. Esse tema é abordado em pequenas escalas no decorrer da graduação, já que a sexualidade é um assunto repleto de mitos e tabus. Entretanto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) vem nas últimas décadas manifestando interesse pela questão, principalmente no que tange aos parâmetros da qualidade de vida de pessoas portadoras de deficiência física. OBJETIVO: Como os fisioterapeutas necessitam de maior embasamento científico para tratar o tema, o presente estudo visa a analisar os principais aspectos sobre o papel do fisioterapeuta no processo de reabilitação sexual de pacientes masculinos com lesão medular |
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METODOLOGIA:
METODOLOGIA: Nesse estudo quantitativo, participaram da amostra 93 acadêmicos de fisioterapia, do último ano de curso, que participaram do VII Gamafisio da Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro - RJ. O instrumento utilizado foi um questionário predominantemente fechado, auto-aplicável, com perguntas referentes á sexualidade do portador de lesão medular e a discussão de sua importância enquanto conteúdo na graduação de fisioterapia. Os dados obtidos receberam tratamento estatístico (teste do Qui-quadrado) onde o nível de significância foi de 95% (p ≤ 0,05). |
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RESULTADOS:
RESULTADOS: A mostra teve uma média de idade de 22 anos (DP = ± 1,54) sendo 73,1% mulheres. Entre os sujeitos entrevistados 98,9% consideram muito relevante a discussão de assuntos sobre sexualidade humana na graduação de fisioterapia (p ≤ 0,05); 93,4% não se consideram aptos, depois de formados, a lidar com temas referentes à orientação sexual dos pacientes (p ≤ 0,05); 81,2% tem interesse de trabalhar com a orientação sexual do paciente lesado medular (p ≤ 0,05); 97,8% afirmam que seria importante para a graduação uma disciplina especifica sobre sexualidade humana (p ≤ 0,05). |
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CONCLUSÕES:
CONCLUSÃO: Conclui-se que os alunos entrevistados consideram importante a atuação do profissional fisioterapeuta na reabilitação sexual do portador de lesão medular apesar de não possuírem maiores conhecimentos técnico-científicos para a melhoria da qualidade de vida sexual desses pacientes. Nesse sentido, os resultados mostraram um consenso sobre a ampliação da discussão sobre o assunto e que poderia propor dentro da grade curricular uma disciplina sobre sexualidade humana para que assim possam intervir e contribuir de forma eficaz na reabilitação sexual do portador de lesão medular. |
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Palavras-chave: Graduação de Fisioterapia; sexualidade; portador de lesão medular. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |