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| D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 7. Enfermagem | ||
| FORMAÇÃO PROFISSIONAL: MUDANÇAS NO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - BRASIL | ||
| Silvia Maria Nóbrega-Therrien 1, 4, 5 (silnth@terra.com.br), Maria das Graças da Silva Guerreiro 2 e Priscilla de Medeiros Teixeira 3 | ||
| (1. Profa. Dra. dos Cursos de Enfermagem e de Medicina da Universidade Estadual do Ceará - UECE; 2. Graduanda do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Ceará - UECE; 3. Graduanda do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará - UECE; 4. Líder do Grupo de Pesquisa Educação, Saúde e Humanidade, cadastrado no CNPq desde 2000.; 5. Profa. NRD 6 do Mestrado Acadêmico em Saúde Pública da Universidade Estadual do Ceará - UECE) | ||
| INTRODUÇÃO:
A organização da sociedade brasileira tem sofrido modificações em função de um novo cenário socioeconômico que se define. Nesse sentido, ressalta-se que a educação e o sistema que a fundamenta também têm sido obrigados a se reestruturar para atender a uma dinâmica que reordenou o mundo do trabalho. No caso da Enfermagem, a formação de profissionais e sua articulação com o mercado de trabalho é uma preocupação que teve início mais concretamente na década de 1960 pela Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn) que iniciou estudos sobre esta temática, apresentado-os posteriormente em forma de relatórios que definiam a situação e os rumos a serem percorridos pela profissão. Essa preocupação embasa-se na premissa de que a qualidade do serviço de enfermagem está relacionada com a formação profissional. Entende-se também que a capacidade profissional da enfermeira relaciona-se com uma formação que preze pelo desenvolvimento do profissional como sujeito-reflexivo. A necessidade, então, de conhecer como a enfermeira é preparada para construir ativamente diferentes intervenções e mediações na realização de seu trabalho, dá margem a um vasto campo de estudos e discussões. Sendo assim, objetivou-se focalizar as mudanças ocorridas nos planos de estudos do curso de enfermagem, como também os avanços obtidos através do Projeto Político Pedagógico (PPP), buscando, nesse caso, a utilização da perspectiva de formação de um profissional reflexivo preparado para a dinâmica da sociedade atual. |
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| METODOLOGIA:
Para que fossem alcançados os objetivos propostos, foi analisado o Curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Ceará (UECE), tendo como base o estudo de documentos referentes ao currículo proposto e implantado em 1997.1 e o seu atual Projeto Político Pedagógico que ainda está em processo de aprovação. A análise dessa documentação tornou possível perceber as mudanças ocorridas na estrutura, na forma e na organização do curso, tanto no que diz respeito às grandes áreas temáticas como os conteúdos veiculados nas disciplinas integrantes de cada área. A partir dessa análise, evidencia-se o modelo e/ou o perfil de profissional que se deseja formar. Este estudo recebeu parecer positivo do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará. |
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| RESULTADOS:
O Projeto Político Pedagógico do curso de enfermagem da UECE começou a ser trabalhado em 1997, sendo apresentado para apreciação do conselho do curso em 2004. Nas leituras, no que concerne à estrutura curricular, evidenciam-se as mudanças em algumas disciplinas, tendo sido algumas repensadas, enquanto outras foram desmembradas, de forma que o conteúdo ficasse distribuído de modo mais prático e dinâmico. Nesse sentido, disciplinas como Integração ao Curso e à Profissão (atualmente denominada A Enfermagem, o Curso e a Profissão) deixou de ter quatro créditos para ter apenas dois. Em contrapartida, Bioagentes Patogênicos e Imunologia foi desmembrada em três disciplinas (Microbiologia, Parasitologia e Imunologia), totalizando doze créditos em vez de oito. Essas modificações alteraram a carga horária do curso que era de 4080h e passou a ser de 4350h. No entanto, a mudança mais marcante foi a inclusão do Internato no último ano de curso, substituindo as antigas disciplinas de Estágio Curricular Supervisionado e acrescentando quatro créditos à antiga carga horária de 60h. Essa iniciativa, segundo o PPP, objetiva uma maior aproximação da prática profissional, envolvendo cuidados ao ser humano em seu ciclo vital, bem como a integração dos alunos à equipe de saúde, na medida em que possibilita, de forma mais concreta, aliar teoria e prática no exercício profissional e despertar para a tomada de decisões e resolução de problemas no âmbito de suas competências. |
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| CONCLUSÕES:
O curso de enfermagem, como todos os demais, responde com sua construção a uma exigência presente na Lei de Diretrizes e Bases de 1996 que passou a vigorar primeiramente nas escolas e, posteriormente, o Conselho Nacional de Educação estabeleceu prazos para cursos de formação superior atenderem essa exigência. Nesse sentido, a Universidade Estadual do Ceará e o seu curso de Enfermagem procuraram implementar as mudanças exigidas, tendo esse processo atravessado a gestão de quatro coordenações. O resultado disso foi a elaboração de um Projeto Político Pedagógico que se encontra em processo de tramitação. As mudanças observadas na estrutura do PPP denotam avanços promovidos tanto ao nível de estrutura curricular, quanto no âmbito daquilo que se quer e que se precisa capacitar para as exigências do mercado. Essa preocupação a respeito do perfil que se quer formar fica mais evidente quando se analisa a que o curso se propõe a partir da proposta do PPP: formar enfermeiros com compreensão científica, técnica, política e ética que sejam capazes de intervir no processo saúde/ doença do ser humano, numa perspectiva crítico-reflexiva-transformadora. Resta, contudo, saber a compreensão dessas propostas, como também a participação e a aplicabilidade no processo de efetivação das mesmas por parte do corpo docente e discente. |
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| Trabalho de Iniciação Científica | ||
| Palavras-chave: formação profissional; estrutura curricular; Projeto Político Pedagógico. | ||
| Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |