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D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 2. Enfermagem de Saúde Pública
PRÁTICA REGULAR DE EXERCÍCIOS FÍSICOS E ADOÇÃO ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL ENTRE OS ALUNOS DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE)
VANESSA BARRETO BASTOS 1 (nessabbastos@yahoo.com.br), SAMUEL DIÓGENES GOMES VELOSO 2, JULIANA DE OLIVEIRA BARROS 3, IONE CAVALCANTE LACERDA 4, MÁRCIA CRISTINA S. SENA 5 e THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA 6
(1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ; 2. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ; 3. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ; 4. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ; 5. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ; 6. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ)
INTRODUÇÃO:
A prática de exercícios físicos e a adoção de alimentação saudável têm sido uma constante recomendação dos especialistas em saúde para prevenir doenças cardiovasculares e propiciar melhor qualidade de vida às pessoas. Temos observado no Centro de Ciências da Saúde da Universidade Estadual do Ceará o sedentarismo e a má alimentação dos alunos do curso de graduação em Enfermagem. O passar todo o dia na universidade e suas inúmeras tarefas fazem com que estes alunos, mesmo cientes dos riscos que correm, negligenciem seu autocuidado. A ausência de delineação sistematizada em torno dessa temática justifica a necessidade de um estudo que investigue a prática regular de exercícios físicos e a adoção de uma alimentação saudável nos alunos do curso de graduação em Enfermagem que compõem o Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Estadual do Ceará. É necessário conhecer de forma sistematizada essas variáveis para que se possa interferir posteriormente no favorecimento da adoção de um estilo de vida saudável. Os objetivos do estudo foram identificar características sociodemográficas dos alunos de Enfermagem da UECE; investigar a prática de exercícios físicos regulares e a adoção de alimentação equilibrada nesse grupo; descrever alterações de saúde relacionadas às variáveis investigadas (prática de exercícios físicos e adoção de alimentação saudável).
METODOLOGIA:
Trata-se de um estudo descritivo, de natureza quantitativa, desenvolvido no Campus do Itaperi da UECE, cuja coleta de dados foi realizada nos meses de março a abril de 2005. A amostra foi composta por 62 alunos do curso de graduação em Enfermagem da UECE.. Integraram a amostra esses alunos com idade acima de 18 anos, que concordaram em participar do estudo e realizar os testes. Para a coleta dos dados foi aplicado um formulário e realizadas medidas antropométricas, incluindo o teste de Quetelet ou do índice de Massa Corporal (IMC), verificação da relação cintura/quadril, da pressão arterial, entre outras medidas. O Índice de Massa Corporal (IMC) é calculado dividindo-se o peso (em kg) pela altura (em m) ao quadrado. E para a verificação da pressão arterial foi utilizada técnica padronizada com uso de esfigmomanômetro e estetoscópio. Os dados encontrados foram agrupados em gráficos e tabelas, sendo analisados segundo freqüências absoluta e percentual, com o apoio da literatura pertinente ao tema. O estudo obedeceu aos preceitos éticos sobre pesquisas realizadas com seres humanos, sendo aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Estadual do Ceará.
RESULTADOS:
Os resultados mostram que, do total de alunos avaliados, 48 são do sexo feminino e 14 do masculino, 17 têm 18 e 19 anos, 38 entre 20 e 24 anos, sete entre 25 e 29 anos e uma acima de 40 anos. Do total, 59 são graduandos, dois são graduados e fazem outro curso, e um é pós-graduado. Entre os 62 estudantes, 55 referem não trabalhar. Sobre a avaliação física, 55 apresentaram níveis normais de pressão arterial (PA), sete estavam na faixa limítrofe e um apresentou leve elevação da PA; dois apresentaram obesidade, três sobrepeso, 35 estiveram com o índice de massa corpórea na faixa considerada normal e 23 abaixo do normal. Quanto à relação cintura/quadril, 44 mulheres e 14 homens apresentaram-se nas faixas de normalidade. Sobre a prática de exercícios, 45 referiram sedentarismo e, entre os 18 que disseram praticar rotineiramente exercícios físicos, as modalidades mais referidas foram a musculação (12), a caminhada (2) e a natação (2), sendo que a maioria não foi avaliada por especialistas antes de tal prática. Sobre a nutrição, 26 referiram adotar boa alimentação. Entre os que não o fizeram, as alegativas principais foram 19 por falta de tempo, 14 por desleixo, cinco por dificuldades financeiras e 18 por inadequações de locais adequados.
CONCLUSÕES:
Conclui-se que 77% dos participantes foram mulheres, com idades até 24 anos e que não trabalham. Do total, 73% referiram sedentarismo e 42% disseram adotar uma boa alimentação. Oito (13%) apresentaram-se acima das faixas de normalidade de pressão arterial e em cinco foi encontrado sobrepeso/obesidade. Ressalta-se a necessidade de motivação à adoção de estilo de vida saudável no grupo, o que deve ser ressaltado por se tratarem de futuros profissionais de saúde. O Centro de Ciências da Saúde pode colaborar favorecendo a criação de espaços que propiciem a prática de exercícios físicos e incentivem a adoção de alimentação mais saudável, entre outras práticas que conduzam a uma melhor qualidade de vida.
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  enfermagem; exercícios físicos; alimentação.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005