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D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 7. Enfermagem
A vivência no abrogo: o significado atribuido por idosas
Maria Salete Bessa Jorge 1 (masabejo@bol.com.br) e Jakeline Aires Forte 1
(1. Universidade Estadual do Ceará)
INTRODUÇÃO:
A definição de velhice seria simples considerado o homem apenas os seus aspectos biológicos; é complexa se considerando o indivíduo integralmente, levando em conta as diversas dimensões que influenciam no processo do envelhecimento. O qual ocorre de maneira natural, irreversível, individual, pois depende das circunstâncias históricas, culturais; das interações de fatores genéticos e ambientais. Ocorrendo nos aspectos biopsicossociais que estão mutuamente relacionados. Dentre as novas experiências advindas do processo do envelhecimento, alguns idosos se deparam com ingresso na instituição asilar. A questão da institucionalização é defendida por uns e criticados por outros. Contudo, asilamento, às vezes, torna-se a única alternativa principalmente par os idosos das classes sociais menos desfavorecidas.diante do exposto o estudo tem como objetivo:Compreender a vivência do idoso no abrigo, buscando apreender o significado que o mesmo tem ao vivenciar o abrigo
METODOLOGIA:
Trata-se de um estudo qualitativo, interpretativo, a fim de compreender as experiências da vivência do idoso no abrigo com intuito de apreender o significado presente no seu relato. Como local de realização foi um abrigo para idosas de natureza filantrópica localizada na cidade de Fortaleza – CE. Os participantes do estudo foram 10 idosas residentes da instituição que se dispuseram a contribuir com estudo de maneira espontânea. As informações foram coletadas através de entrevista semi-estruturada e da observação-livre, as participantes assinaram o termo de livre esclarecimento que constando às informações sobre pesquisas, garantia do anonimato e confidencialidades das informações por elas relata. Para analise das informações utilizou-se a técnica de analise de conteúdo. A categoria levantada em torno das entrevistas foi o viver no abrigo. Os resultados estão apresentados de forma sintética e descritiva. Não houve a preocupação do registro quantitativo da ocorrência das unidades de registro, tomando como pertinente a sua presença independente de sua freqüência. A partir disso, as interpretações foram conduzidas levando em consideração o contexto mediado nas falas, alguns aspecto das histórias de vida e a literatura referente ao tema.
RESULTADOS:
Na categoria viver no abrigo constatou grande freqüência de unidades de registos que relatava satisfação e bem estar em viver no abrigo, levando em consideração que para alguns era a única opção para continuar vivendo ou a mais adequada entre as opções disponíveis No entanto, são referidos alguns pontos negativos dessa experiência, os quais são geradores de insatisfação, tais como; falta de autonomia, a necessidades de adequação aos horários das atividades, Alguns desentendimento com os outros moradores Também, foi exposto em alguns discursos, a solidão. Apesar de morarem num local com muitas pessoas, elas se sentem sozinha. Conforme a descrição: "Aqui é bom, mas a solidão é triste”; " Todo mundo mora sozinho, aqui todo mundo mora sozinho.", Elas relataram a falta de contanto familiar ,"Sinto muita saudades da minha família." È notável que estas idosas são vitimas do abandono da família e da sociedade
CONCLUSÕES:
A institucionalização é descrita como uma situação não escolhida, mas determinada por necessidades, onde se vivem interações, que deflagram formas de se incorporar novos valores, atitudes, comportamentos e da descoberta de novos significados de vida. Aonde se adere aos comportamentos práticos de passividade e conformidade. A vida institucionalizada, apesar de algumas suprir algumas necessidades básicas de sobrevivência, tais como; alimentação, moradia e vestimenta. Outras necessidades não são supridas e são fundamentais para uma vida mais satisfatória, como: interação, apoio social, afeto, amizade e lazer. Como também, os idosos institucionalizados vivem o silêncio e a resignação do descaso que a sociedade os tratam, aonde sofrem por estarem segregados, por não terem encontrado na sociedade, na família e nas políticas governamentais de assistência aos idosos a garantia de condições sociais, econômica e emocionais de continuarem integrados ao convívio social. Pode-se inferir que, o contexto asilar assume significados singulares da capacidade individual de enfrentamento das situações de crises, dos valores pessoais e sociais, bem como os motivos que favoreceram a vinda do abrigo influencia na maneira das idosas interpretar e compreender a sua vivência. Não se deve considera o asilamento como um caminho natural para aqueles que envelhecem, pois esta é repleta de estigma acarretado por valores vigentes nas sociedades capitalista que valoriza a produção e lucro.
Instituição de fomento: Universidade Estadual do Ceará
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  idoso; institucionalização; vivência.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005