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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 7. Educação Infantil
SEXUALIDADE INFANTIL, FAMÍLIA E ESCOLA: ABORDAGEM POLÍTICO-PEDAGÓGICA
Angela Cristina Mendes da Silva 3, 4 (alegna2003@uol.com.br) e Cicero José A. S. Neto 1, 2, 3, 4
(1. Faculdade de Filosofia, Artes e Ciências Sociais; 2. Departamento de Filosofia; 3. Grupo de Estudos Metodológicos; 4. Universidade Federal de Uberlândia - UFU)
INTRODUÇÃO:
Este estudo teve o objetivo geral de compreender a respeito da sexualidade infantil a partir da reflexão sobre as abordagens político-pedagógicas da Educação Sexual. Especificamente buscou-se analisar a partir destas abordagens qual o papel da família e da escola no desenvolvimento da sexualidade da criança, isto é, entender qual a visão destas instituições a respeito do desenvolvimento psicossexual da criança, como entendem estas questões no âmbito familiar, e na escola, como os educadores trabalham com as crianças. Desse modo, as manifestações da sexualidade se iniciam desde a infância, justifica-se este trabalho trazer a tona a possibilidade de se pensar em políticas públicas voltadas para a Educação Sexual desde a Educação Infantil.
METODOLOGIA:
Metodologicamente falando utilizou-se neste trabalho a pesquisa teórica e a documental. Na pesquisa teórica analisou-se conceitos como sexualidade infantil, educação sexual, entre outros. O procedimento metodológico foi o método dedutivo no qual partiu-se do tema sexualidade humana delimitando-se para a sexualidade infantil na escola. O procedimento técnico foi a análise textual e temática dos textos dos autores da abordagem políticas da Educação Sexual. A pesquisa documental foi feita em documentos da abordagem pedagógica, tais como os Parâmetros Curriculares Nacionais, o Guia de Orientação Sexual, Referencial Curricular Infantil, que abordam a questão da Educação Sexual nas séries iniciais e na pré-escola. O procedimento técnico nesta pesquisa é a análise histórica dos documentos pesquisados.
RESULTADOS:
Constatou-se que dentro das abordagens tanto políticas como pedagógicas da Educação Sexual os autores relatam que a família e a escola necessitam compreender como funcionam as manifestações da sexualidade infantil. Freud em seu estudo a respeito da sexualidade infantil revelou que os adultos ignoravam tais manifestações na criança. Nesse sentido,os progenitores da família tiveram uma educação sexual repressora por parte dos seus pais, os(as) professores(as) são educados na família da mesma forma e assim há um circulo vicioso, por isso há dificuldade tanto na família como na escola de tratar desta questão. Ou seja, os pais querendo ou não educam os filhos através do olhar, de atitudes ( passando a idéia negativa de sexo), mesmo não respondendo as perguntas dos filhos pequenos a respeito de sexo, e na escola, apesar de existir meios norteadores como os Parâmetros Curriculares Nacionais direcionando a necessidade dos professores orientarem as crianças, os professores não estão preparados para dar uma continuidade a educação de forma crítica ás crianças.
CONCLUSÕES:
Conclui-se então que é necessário a criação de políticas públicas e programas voltados para a Educação Sexual desde a pré-escola ou Educação Infantil. Por ser na infância o início das manifestações da sexualidade, iniciam-se dúvidas das crianças a respeito de sexo, e também por que os educadores precisam de subsídios teóricos para colocar em prática a educação sexual na escola e ao mesmo tempo fazer um trabalho de conscientização dos pais ou responsáveis dessas crianças para que possam auxiliar estas a se tornarem adultos sadios, responsáveis sobre a sua e a sexualidade do outro ao trabalhar de maneira positiva a sexualidade.
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Sexualidade infantil; Educação sexual; Escola.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005