|
||
G. Ciências Humanas - 4. Geografia - 1. Geografia Humana | ||
O ESPAÇO E O VENTO: OLHARES DA MIGRAÇÃO GAÚCHA PARA MATO GROSSO DE QUEM PARTIU E DE QUEM FICOU | ||
Jones Dari Goettert 1 (jonesdari@hotmail.com) | ||
(1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE) | ||
INTRODUÇÃO:
A migração gaúcha para Mato Grosso vista por quem partiu e por quem ficou. Mulheres e homens do trabalho e da periferia de Rondonópolis e de municípios do sul lembram, falam e representam os lugares e gentes de cá e de lá, fazendo de cada palavra o próprio fazer-se como sujeitos dos jeitos dos lugares próximos ou distantes. |
||
METODOLOGIA:
Em cada falar, seja ele construído de interjeições triplamente enunciadas ou em narrativas mais longas, a migração, seus lugares e sujeitos, são ladrilhados e o lugar de cada uma e de cada um vai surgindo nos contextos que contemplam uma tríplice dimensão: a subjetiva, a conjuntural e a estrutural, entrelaçadas nas relações que cada sujeito participa. |
||
RESULTADOS:
Mulheres e homens dos lugares chegados e deixados revelam que a migração e as relações nos lugares e entre os sujeitos deles, estranhos ou familiares, estão prenhes de perspectivas, sonhos, sucessos e frustrações, saudades e incertezas, tensões e decepções, e que, anos e mais anos após a partida, ainda pululam para quem partiu e para quem ficou. Gentes do trabalho, de cá e de lá, que participam da mobilidade capitalisticamente produzida, mas que não retira dos sujeitos, por completo, elementos de uma constituição que transcende a materialidade feita propriedade e se aloja na esperança e no desespero, na negatividade e na positividade, na distância e na proximidade, nas experiências e nos ressentimentos, nos retornos e nas idas mais adiante, no pertencimento e no estranhamento, na vida e na morte. Na presença e na ausência. |
||
CONCLUSÕES:
Os olhares da migração gaúcha para Mato Grosso transcendem o tempo e o espaço entre a saída e a chegada e participam da constituição da transitoriedade migratória para quem foi e da espera para quem ficou... Como se o vento “definisse”, quase que aleatoriamente, a vida nos lugares e dos sujeitos que migram e dos que ficam. |
||
Palavras-chave: Migração gaúcha para Mato Grosso; Lugares; Memória e representações. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |