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G. Ciências Humanas - 8. Psicologia - 9. Psicologia Experimental
ENSINO DE DISCRIMINAÇÕES CONDICIONAIS POR IMITAÇÃO: EFEITOS DE DOIS ARRANJOS DE APRESENTAÇÃO DE TENTATIVAS
Ana Carolina Sella 1 (carolsella@yahoo.com.br) e Celso Goyos 1
(1. Programa de Pós Graduação em Educação Especial, Universidade Federal de São Carlos, UFSCar)
INTRODUÇÃO:
Em geral, a imitação é definida enquanto similaridade de comportamento entre dois organismos quando a topografia de
resposta de um, o imitador, é similar e controlada pelo comportamento de outro, o demonstrador. Ao longo dos anos,
muitas têm sido as divergências sobre como conceituar a imitação e sobre quais as condições envolvidas em sua
produção e manutenção. A maioria dos estudos que utilizam a imitação para ensino envolve apenas comportamentos
motores simples. As pesquisas que utilizam a imitação como técnica de ensino comportamentos complexos, como de
discriminações condicionais, ainda são recentes e têm levantado muitas questões para investigação. Uma destas
questões é a possível influência do arranjo de tentativas sobre o desempenho dos participantes em termos de controle
de estímulo e número de sessões para alcance de critério. Os protocolos de pesquisa sobre o ensino de discriminações
condicionais por imitação apresentam, não sistematicamente, ou uma tentativa para o observador executar a cada uma
demonstrada pelo modelo, ou várias tentativas a serem executadas pelo demonstrador para que depois o observador
execute as suas.
METODOLOGIA:
Neste trabalho buscou-se comparar as formas de apresentação de tentativas (chamados aqui arranjos),
sistematizando-se dois protocolos a serem utilizados em todos os participantes. Cada conjunto de pares de relações
condicionais (BA ou CA) foi ensinado de uma das seguintes formas: 1) a cada tentativa demonstrada pelo
demonstrador, o observador executava uma tentativa; 2) a cada bloco de tentativas demonstradas, o participante
executava um bloco de tentativas. Uma outra diferença dos protocolos aqui utilizados para aqueles já existentes na
literatura, foi a presença de algumas tentativas de identidade reforçadas durante os treinos das relações arbitrárias.
RESULTADOS:
Como resultados gerais, todos os participantes aprenderam as relações condicionais programadas pelo estudo (BA e
CA) e a maioria mostrou emergência de classes de equivalência. Em termos quantitativos, os arranjos de apresentação
de tentativas não resultaram em desempenhos diferentes. Todavia, os dados mostram que, quando as tentativas eram
apresentadas de forma alternada, o comportamento do participante parecia ficar sob controle somente dos estímulos
comparação escolhidos pelo demonstrador, sem atentar para os estímulos amostra relacionados.
CONCLUSÕES:
Apesar dos resultados obtidos pela aplicação dos dois arranjos de tentativas terem sido semelhantes
quantitativamente, levantou-se questões a respeito de que forma de arranjo estabeleceria um melhor controle de
estímulos quando a imitação é utilizada como técnica de ensino. Esta questão é importante porque quanto maior o
controle de estímulos estabelecido, mais efetiva é a aprendizagem das discriminações condicionais.
Instituição de fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq
Palavras-chave:  discriminações condicionais; imitação; arranjo de tentativas.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005