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C. Ciências Biológicas - 12. Neurociências e Comportamento - 1. Neurociências e Comportamento
ANÁLISE TOPOGRÁFICA DE CÉLULAS AMÁCRINAS IDENTIFICADAS PELA IMUNOCITOQUÍMICA ANTI-CALRETININA EM RETINAS DE CUTIA (Dasyprocta aguti).
Thatiana Andrade de Figueiredo 1 (thatiana@ufpa.br) e Silene Mª Araújo de Lima 1
(1. Departamento de Fisiologia / Centro de Ciências Biológicas (Laboratório de Neurobiologia) / UFPA.)
INTRODUÇÃO:
A retina, órgão do sistema visual e pertencente ao sistema nervoso central, está organizada em um padrão laminar de distribuição celular. Tornando-se assim um excelente modelo de estudo, e este trabalho teve o objetivo de analisar a distribuição topográfica das células amácrinas marcadas por calretinina na retina da cutia.
METODOLOGIA:
Para esse estudo, utilizamos animais adultos da espécie Dasyprocta aguti fixados com paraformaldeido 4% em tampão fosfato 0.1M e realizamos imunocitoquímica com proteínas ligadoras de cálcio, anti-calretinina (1:1000, Sigma Co) para marcar e quantificar as células amácrinas da retina deste animal. A marcação foi feita em cortes radiais e montagens aplanadas utilizando-se o método de avidina-biotina-peroxidase para visualização em microscópio óptico. Em secções verticais, uma intensa marcação foi evidenciada na porção borda da camada nuclear interna (CNI) e camada plexiforme interna (CPI). Além disso, uma marcação mais fraca foi observada na camada de células ganglionares e camada de fibras do nervo óptico. As células amácrinas apresentaram um único dendrito primário que descende para a CPI, originando várias ramificações nas sublâminas "a" e "b". Em montagens planas, somente a densidade das células amácrinas da CNI foi avaliada a partir de contagens feitas em todas as regiões da retina. O contorno da retina, a faixa visual e a papila foram desenhados com objetiva de 10x e marcadas em papel quadriculado, de maneira a avaliarmos como varia a sua distribuição na retina.
RESULTADOS:
A análise topográfica das células amácrinas demonstrou, que estas formam mosaicos regulares na retina. A densidade das células amácrinas (Da031124, olho direito), variou de um mínimo de 774,9 células/mm 2 na periferia dorsal da retina elevando para 1568,7 células/mm 2 na região central, chegando a 1625,4 células/mm 2 na faixa visual. Em uma outra retina (Da031124, olho esquerdo), a densidade mínima de células amácrinas foi de 831,6 células/mm 2 na periferia ventral e aumentando para 1436,4 células/mm 2 na região central, próximo a faixa visual. Desta forma, a densidade variou decaindo
da região central para a periférica da retina.
CONCLUSÕES:
Nossos resultados demonstraram que as células amácrinas reveladas pela X- calretinina é numerosa, regularmente distribuída na CNI, com morfologia e densidade semelhante a descrita para as células amácrinas AII, que apresenta uma importante função no processamento da
visão escotóptica.
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Retina; Células Amácrinas; Visão escotópica.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005