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H. Artes, Letras e Lingüística - 5. Semiótica - 1. Semiótica
A SEMIOLOGIA DA PROPOSTA CÊNICA DA PEÇA DE TEATRO CONSPIRAÇÃO À VIDA.
Jorge Barros 1 (jbarros@uesb.br)
(1. Departamento de Química e Exatas, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia -UESB- Campus de Jequé)
INTRODUÇÃO:
O teatro é uma arte primitiva. Desde cedo, o homem criou vias de comunicação através de palavras e gestos para se relacionar com outros seres. A arte de representar, indubitavelmente, é a arte que está mais ligada ao homem. A dança cênica, rituais miméticos e a utilização de máscaras em manifestações espontâneas, entre tantas outras formas de expressão, foram utilizadas pelos povos primitivos como os primeiros símbolos no processo de comunicação direta. Assim como as civilizações evoluíram, o teatro também evoluiu. Evoluiu através de mecanismos que pudessem utilizar todas as formas simbólicas possíveis de representação. A partir da linguagem da encenação, o teatro se utiliza de uma estrutura lógica de elementos que lhe dão vida: o texto, os gestos, o cenário, o figurino, a iluminação, a maquiagem etc. Na encenação teatral, todos estes elementos devem produzir significados e, produzi-los, é estabelecer uma relação direta com o objeto(utilização dos signos) que visa a um fim significante.
METODOLOGIA:
A metodologia adotada para esta pesquisa consistiu na análise semiótica desta proposta teatral, encenada na II Mostra de Teatro Amador - Prêmio Shakespeare, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, em 1997. Tomando-se como referências o texto e os recursos cênicos utilizados pela mesma, busca-se estabelecer uma relação direta entre os signos e estas referências, pela definição de signo por Charles S. Peirce: signo é toda coisa que substitui outra, representando-a para alguém, sob certos aspectos e em certa medida.
RESULTADOS:
Diante de toda a produção de significações, entendida como signo-cor + signo-forma + signo-palavra, que é igual a texto, iluminação, figurino, sonorização, cenário, maquiagem e gestos (constituindo-se aí todo o significado de uma obra teatral), a consciência interpretativa do espectador tende a construir um processo relacional entre o objeto e aquilo que o representa: o signo.
CONCLUSÕES:
A linguagem da criação cênica no teatro falado utiliza-se também de outras formas de comunicação,objetivando o estabelecimento de relações intrínsecas entre objeto, signos e interpretantes dentro de um contexto do estudo dos signos, visando o entendimento e a relação direta entre significante e significado, posto que cada recurso cênico produz um signo, e este, por sua vez, está relacionado com o seu objeto de produção dentro de uma análise semântica.
Palavras-chave:  Objeto; Signo; Interpretantes.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005