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D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 7. Enfermagem | ||
ALEITAMENTO MATERNO NA PREVENÇÃO À DESNUTRIÇÃO INFANTIL: A ÓTICA DE LACTANTES. | ||
Giselle Maria Duarte Menezes 1 (gmdmenezes@gmail.com) | ||
(1. Depto. de Enfermagem, Universidade Estadual do Ceará - UECE.) | ||
INTRODUÇÃO:
O aleitamento materno é fundamental para a saúde e o desenvolvimento de recém-nascidos por suas propriedades nutricionais e de defesa contra infecções, além dos aspectos psicológicos nele envolvidos. A amamentação é um ato natural ou fisiológico, no entanto, na atualidade, tem se tornado uma opção da mãe. Este trabalho trata-se de um estudo que avalia os benefícios que as lactantes atribuem à prática da amamentação exclusiva no combate à desnutrição infantil, analisando os mitos existentes entre elas acerca do leite materno, descrevendo os problemas enfrentados por mães que estão em período de lactação, identificando os motivos que levam as mulheres à não amamentar ou a abandonar essa prática precocemente e verificando a importância que as mães atribuem a esta prática. |
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METODOLOGIA:
O estudo foi realizado em um instituto de prevenção à desnutrição infantil localizado em Fortaleza, Ceará. Os dados foram coletados por meio de uma entrevista semi-estruturada, aplicada a 40 mulheres que participaram do programa de amamentação do Instituto durante o mês de junho de 2002. Um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foi assinado pelos sujeitos da pesquisa. Procurou-se respeitar a voluntariedade, a disponibilidade de participar e o direito a não-identificação pessoal. Assim, o estudo se desenvolveu com a plena aceitação dos participantes cumprindo os aspectos éticos relacionados à Resolução N°196/96. Além da emissão de parecer favorável da Universidade Estadual do Ceará, houve autorização do Gerente da Instituição para realização da pesquisa. |
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RESULTADOS:
O estudo mostra que 95% das mulheres receberam orientações dos profissionais da saúde sobre aleitamento materno exclusivo. Mais da metade da amostra (22 lactantes) enfrentou dificuldades ao amamentar e destas, 30% pensaram em desistir da prática. Metade das lactantes entrevistadas diz que as mulheres deixam de amamentar para não prejudicar a estética dos seios; 25% porque não querem os filhos presos a elas; outras 25% por não ter acesso às leis trabalhistas. A maior parte da amostra sabe que o leite materno é o alimento mais completo para o recém-nascido, mas entende como única vantagem para a saúde da mãe ficar amenorréica; 25% não admitem qualquer benefício ou chegam a relatar desvantagens. 65% das entrevistadas estabeleceram uma relação vantajosa do leite materno na prevenção à desnutrição infantil, as demais não expressaram conhecer tal influência. |
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CONCLUSÕES:
Conclui-se que a opção por amamentar muitas vezes não é escolhida ou porque as mães desconhecem os benefícios que essa prática proporciona à saúde materna e do lactente, ou devido a pouca sensibilização social em apoiar as lactantes em seu predicativo mulher-mãe. As mães precisam de orientação e estímulo, principalmente dos profissionais da saúde, no reconhecimento da amamentação como um processo de nutrição sadio, natural e barato, para não continuarem expondo seus filhos aos riscos que o aleitamento artificial pode oferecer. |
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Palavras-chave: Enfermagem; Aleitamento Materno; Desnutrição Infantil. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |