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C. Ciências Biológicas - 3. Bioquímica - 1. Biologia Molecular | ||
ENRAIZAMENTO DE ÁPICES CAULINARES DE PLÂNTULAS ORIGINADAS DE SEMENTES DE Myracroduon urundeuva | ||
THIAGO LUSTOSA JUCÁ 1 (tiagolustosa_@hotmail.com), JOÃO PAULO SARAIVA MORAIS 1, 2, FRANCISCO DE ASSIS PAIVA CAMPOS 1 e ANA CRISTINA PORTUGAL PINTO DE CARVALHO 2 | ||
(1. Depto. de Bioquímica e Biologia Molecular - UFC; 2. Embrapa Agroindústria Tropical - CNPAT) | ||
INTRODUÇÃO:
A aroeira-do-sertão (Myracrodruon urundeuva) é uma planta da família Anacardiaceae, lenhosa, que tem sido usada de forma predatória, pela qualidade de sua madeira e pelo uso do córtex na fabricação de fitoterápicos. Devido ao seu uso intensivo, a aroeira acha-se na lista oficial das espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção, na categoria vulnerável. Associados a esses fatores, a aroeira desperta interesse não somente pelo estudo meticuloso das suas propriedades terapêuticas, mas também pelo seu baixo custo, fácil acesso e compatibilidade cultural quanto ao uso de seus fitoterápicos pela população. Desta forma, é necessário pesquisar formas de multiplicação rápida para essa espécie, a fim de se poder planejar seu repovoamento e o uso de plantas cultivadas na fabricação de medicamentos. |
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METODOLOGIA:
Plantas de 30 dias originadas de sementes germinadas em meio de sais MS a 50% da concentração, vitaminas MS 100% da concentração, sacarose 3% e ágar 0,7% tiveram seus ápices cortados. Os ápices foram inoculados em meios de cultura semelhantes ao usado na germinação, com diferentes concentrações de reguladores de crescimento vegetal: 0,0 μM; 0,005 μM; 0,025 μM; 0,05 μM; 0,25 μM; 1,25 μM e 6,25 μM de ácido naftalenoacético (ANA). Os explantes foram mantidos em câmara de crescimento de fotoperíodo de 16 horas, temperatura de 24±1oC. Após 30 dias, avaliaram-se as plântulas quanto ao número de nós, altura, porcentagem de plântulas enraizadas e número de raízes formadas. Os dados obtidos foram transformadas para a raiz quadrada, dos valores + 0,5, e analisados no programa SISVAR, pelo teste de Tukey, a 5% de significância. |
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RESULTADOS:
Para as variáveis número de nós e porcentagem de enraizamento, o meio com 0,005 μM de ANA apresentou o maior valor (1,90 e 1,18, respectivamente), diferindo estatisticamente do meio com 6,25 μM de ANA, mas não diferindo dos outros meios. Para a variável altura, não houve diferença estatística entre os meios, mas o meio com 0,025 μM de ANA apresentou o maior valor (1,54). Para a variável número de raízes, os meios com 0,025 e 0,005 μM de ANA diferiram estatisticamente dos meios com 6,25 e 0,25 μM de ANA, mas não diferindo estatisticamente dos demais meios (1,60 e 1,55, respectivamente). |
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CONCLUSÕES:
Pelos resultados obtidos, nota-se que ápices de aroeira necessitam de pequenas quantidades da auxina exógena ANA para o desenvolvimento de uma nova plântula. Isto é esperado, visto que os primórdios foliares são áreas de produção de auxina. Concentrações supra-ótimas de ANA levaram a um efeito tóxico, que reduziu os valores das variáveis estudadas. Assim, conclui-se que para o enraizamento de ápices de plântulas originadas de sementes germinadas de 30 dias, o meio mais adequado, dentre os testados, é o meio com 0,005 μM de ANA. |
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Palavras-chave: Ácido naftalenacético; Aroeira; Auxina. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |