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D. Ciências da Saúde - 5. Farmácia - 1. Análise de Controle de Medicamentos
ESTUDO DA DEGRADAÇÃO DO CLORIDRATO DE RANITIDINA EM XAROPES MANIPULADOS NA FARMACOTÉCNICA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO MATERNO INFANTIL
Adriano Moreira Nunes 1 (amoreiranunes@yahoo.com.br), Missilene Conceição Pinto 1, Diana Mendes Costa 1, José de Ribamar Santos Gonçalves 1 e María Segunda Aurora Prado 1
(1. Depto. de Farmácia, Universidade Federal do Maranhão - UFMA)
INTRODUÇÃO:
A ranitidina é um bloqueador competitivo dos receptores H2 que atua diminuindo a secreção de ácido gástrico, usado no tratamento de úlcera duodenal, úlcera gástrica benigna, refluxo gastresofágico e esofagite erosiva. A ranitidina apresenta semelhança estrutural com a histamina, possui maior seletividade em seu bloqueio, pois apresenta em sua estrutura molecular um anel furânico e ambas as cadeias laterais são diferentes da molécula de cimetidina. o que lhe confere maior potencia e menor incidência de efeitos colaterais. A Farmacotécnica Hospitalar inserida na Farmácia Hospitalar vem se desenvolvendo com a manipulação individualizada de medicamentos aos pacientes internados, de acordo com legislações regulamentadoras para tal. Na manipulação desses medicamentos têm-se os xaropes medicamentosos, formas farmacêuticas líquidas açucaradas onde um determinado fármaco encontra-se incorporado, preparado de forma extemporânea e amplamente aceito pelos pacientes. O presente trabalho teve como objetivo realizar um estudo da degradação e quantificação de cloridrato de ranitidina em xaropes manipulados na Farmacotécnica do Hospital Universitário Materno Infantil-HUMI de São Luis-MA, a partir de comprimidos industrializados, armazenados a temperatura ambiente e sob refrigeração.
METODOLOGIA:
Os comprimidos foram previamente pulverizados, quantidades de pó correspondente de 100 mg de cloridrato de ranitidina foram transferidos e condicionados em papelotes de alumínio. Os xaropes foram preparados contendo cloridrato de ranitidina na concentração de 15 mg/mL, após a preparação desses xaropes, alíquotas de 35 mL foram transferidos para frascos de vidro transparente previamente esterilizados e cobertos com papel alumínio, protegendo-os da luz. Os papelotes e frascos foram acondicionados a temperatura ambiente e sob refrigeração num período de 30 dias. A determinação do cloridrato de ranitidina nas amostras foi realizada empregando-se o método volumétrico de nitrosação. A quantificação foi feita em triplicata tanto para os comprimidos quanto para as amostras de xarope.
RESULTADOS:
Os teores de cloridrato de ranitidina encontrados nos comprimidos foram de 90,50±1,31% a temperatura ambiente e 90,90±1,93% sob refrigeração e nas amostras de xaropes manipulados no Hospital Universitário Materno-Infantil a partir de comprimidos foram de 90,27±1,5% e 90,91±1,1% a temperatura ambiente e sob refrigeração, respectivamente, estes resultados estão dentro dos limites de tolerância estabelecidos. A variação da temperatura ambiente foi de 33±1ºC e sob refrigeração de 0,2±0,4ºC. O valor de pH do xarope foi 5 e manteve-se constante durante tudo o processo analítico.
CONCLUSÕES:
De acordo com os resultados obtidos, pôde-se avaliar que não foi percebida degradação do cloridrato de ranitidina nos comprimidos e nos xaropes simples durante o período analítico utilizando o método de nitrosação, trazendo, como conseqüência contribuições à Farmacotécnica do HUMI no planejamento dessas preparações, beneficiando o paciente e o Hospital.
Palavras-chave:  Farmacotécnica Hospitalar; Cloridrato de ranitidina; Xarope.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005