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D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 1. Epidemiologia

Estudo Sobre A Freqüência Da Soropositividade Para A Doença De Chagas Em Candidatos A Doador De Sangue No Hemonúcleo Do Hospital Leonor Mendes De Barros Em Sorocaba-Sp

Thaizy Christina Duarte Novaes  1
Renata Burini Chaccur  1
Pedro Luiz Silva Pinto 1
(1. (1) Pontifícia Universidade Católica de São Paulo/ PUC-SP)
INTRODUÇÃO:

O trabalho consiste na avaliação da soropositividade para a infecção pelo Trypanosoma cruzi em candidatos a doador de sangue do Hemonúcleo do Hospital Leonor Mendes de Barros, em Sorocaba-SP, durante o período de 03/01/04 a 08/07/05.

METODOLOGIA:

Foi analisado, mediante a um questionário, o perfil do candidato a doador de sangue que apresentou, na triagem sorológica, resultados positivos ou duvidosos para a infecção chagásica. Foi avaliado o grau de conhecimento sobre a Doença de Chagas, sobretudo, com relação aos fatores epidemiológicos que estão ligados à transmissão, assim como, sua situação sócio-econômica.

RESULTADOS:

Foram analisados 105 candidatos com idade entre 18 e 65 anos que apresentaram sororeativo na triagem. Desses, 10 foram eliminados na entrevista por referenciar infecção chagásica e 95 foram reconvocados para exames confirmatórios - sendo que somente 52 atenderam a convocação. Desses foram confirmados 20 soropositivos, 12 com sorologia inconclusiva e 20 soronegativos. Porém, dos 52 candidatos, 35 responderam o questionário, considerando 12 soropositivos, 16 soronegativos e sete com sorologia inconclusiva.

CONCLUSÕES:

Apesar do atual controle da doença de Chagas no Brasil constata-se, em grandes centros urbanos, a existência de indivíduos portadores da infecção chagásica. O perfil deles consistiu em: uma prevalência de homens entre 40 a 50 anos de idade; branco; da Região Sudeste; casado e trabalhador braçal. Somente 12,5% dos entrevistados residem em áreas rurais e em casas de alvenaria. Ademais, o conhecimento da doença e suas conseqüências foram referidos por 51,42% dos entrevistados, quando considerado o grupo soropositivo, o percentual foi de 25%. Porém, o grau de conhecimento sobre a transmissão vetorial foi de 74,28% dos entrevistados e 75% entre os soropositivos. Ademais, 68,57% do total dos entrevistados e 91,66% dos soropositivos moraram em área rural e em moradias precárias (87,59% do total dos entrevistados e 91,66% dos soropositivos). Assim, considera-se que a doença de Chagas continua sendo uma endemia que acomete as faixas mais pobres da população com predomínio de renda de até três salários mínimos e baixa escolaridade.

Instituição de fomento: PIBIC/CEPE
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: doador; chagas; soropositivo.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006