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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 8. Educação Matemática

Mapeamento Das Ações Pedagógicas DOS EDUCADORES QUE PARTICIPARAM DE Cursos De Modelagem Matemática

Emília Melo Vieira 1
Maria Salett Biembengut 1
(1. Universidade Regional de Blumenau/FURB)
INTRODUÇÃO:

Nesta pesquisa, tem-se como propósito fazer o mapeamento das ações pedagógicas dos educadores que participaram de cursos de modelagem matemática. Na maioria dos países, as reformas curriculares e seus documentos assumem que uma das metas da educação matemática é ajudar estudantes adquirirem habilidade para desenvolver e utilizar modelos matemáticos para dar sentido às situações do dia-a-dia e de sistemas da sociedade. O propósito é criar condições para que eles aprendam a pesquisar e a compreender o significado do que estão estudando. As pesquisas mostram que a utilização de modelagem matemática no Ensino pode facilitar aos estudantes aprendizagem e desenvolvimento de habilidades para fazer uso da matemática fora das aulas de matemática. Biembengut, desde 1986, passou a divulgar este trabalho por meio de Eventos à convite de diversas Instituições. Ao passar a ministrar Cursos para educadores, por exemplo, passou a observar que a maioria deles se mostrava entusiasmado com a proposta, contudo, não dispôs de contatos posteriores para saber se eles adotaram o método em suas práticas de aula ou ainda, as dificuldades e possibilidades em implementá-la. Acredita-se que investigar as ações pedagógicas que orientam o sistema educacional pode permitir identificar e avaliar as principais dificuldades epistemológicas e metodológicas relativas à formação. É com esse pretexto que se buscou fazer esse mapeamento.

METODOLOGIA:

Esta pesquisa teve 3 etapas. Na 1ª etapa, fez-se o mapeamento das atividades de Biembengut, a partir de informações do seu currículo e documentos pertinentes para levantar nomes e endereços dos educadores e as instituições promotoras dos Cursos de Modelagem ministrados por Biembengut. Na 2ª, contatou-se com as instituições para se obter nome e endereço dos educadores participantes os quais Biembengut não dispunha. Desde 1987 Biembengut ministrou 40 Cursos em 21 estados brasileiros para cerca de 1000 participantes e orientou 100 educadores. Foi possível levantar em torno de 900 endereços destes educadores, os quais foram enviados questionários por correio. Somente 83 pessoas retornaram o questionário. Na 3ª etapa, fez-se a análise dos questionários devolvidos.

RESULTADOS:
O primeiro trabalho consistiu nesta pesquisa em levantar a freqüência dos contatos dos educadores com Biembengut, a natureza e a ordem cronológica desses contatos. Neste ponto pode-se verificar como as idéias suscitavam e o que motivou alguns adeptos a seguir este ou aquele caminho e a se expor de uma forma ou outra. Ao procurar descrever a trajetória pela Modelagem no Ensino por Biembengut, foi possível delinear tempos, espaços, caminhos para que ela atingisse alguns objetivos. Segundo Biembengut (2003), ao resgatar em sua memória e registrar algumas poucas informações, pode verificar que seus escritos não passam de fragmentos. Fragmentos do que deu certo. Ao levantar dados sobre as ações desenvolvidas e disponíveis sobre a modelagem no ensino foi possível delinear tempos, espaços, caminhos para que se atingissem alguns objetivos. Segundo Biembengut a pesquisa sobre a modelagem no ensino, com o apoio da iniciação científica, está permitindo “reconhecer a complexidade das operações para obter a trajetória pela Modelagem tanto para uma primeira identificação e representação, como para uma especulação teórica, e ainda, reconhecer as fortes marcas impressas nessas ações na tentativa de contribuir com a Educação. A verdadeira disseminação das propostas só ocorrerá quando for possível promover conhecimento, (re)combinando experiências, cobrindo e entrelaçando todos os modos imagináveis”.
CONCLUSÕES:

O número de respostas adquiridas é pequena frente ao que se estima, mas grande quando se propõe a fazer contato com um instrumento sensibilizador o suficiente para que uma dessas pessoas possa se dispor a responder e encaminhar frente a sua disponibilidade de tempo. Para estabelecer esse primeiro contato foi preciso considerar a separação tanto no tempo quanto no espaço. É evidente que a separação no tempo e no espaço está se constituindo a mais completa barreira. A maioria dos respondentes afirmou que procuram utilizar a modelagem quando possível. A desvalorização do educador tem sido o maior entrave, pois este método requer do educador tempo para estudar e para orientar os alunos.

 

REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA

BIEMBENGUT, M. S. Modelagem Matemática: Mapeamento das Ações Pedagógicas dos Educadores de Matemática. Tese de Pós - Doutorado, USP, São Paulo - SP, 2003.

Instituição de fomento: Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: Mapeamento; Modelagem Matemática; Ações Pedagógicas.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006