F. Ciências Sociais Aplicadas - 2. Economia - 5. Economia Internacional |
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PRODUÇÃO DA RIQUEZA E PADRÃO DE ACUMULAÇÃO NO CAPITALISMO |
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Leandro Tavares dos Santos 1 |
Marcos Antonio Tavares Soares 1 |
Andréa Braz da Costa 1 |
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INTRODUÇÃO: |
As nações têm apresentado diferentes estágios de desenvolvimento e diferentes níveis de acumulação de riqueza. Diante disso, os países podem ser classificados como centrais, semi-periféricos e periféricos. Um elemento determinante nessa classificação é a capacidade destes países de se apropriar da riqueza produzida nas diversas economias nacionais. Este estudo teve como objetivo compreender, no âmbito das economias nacionais, as causas da formação e crescimento da riqueza, bem como a causa do problema da pobreza das nações no modo de produção capitalista. |
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METODOLOGIA: |
O enfoque dado foi orientado pela concepção teórico-metodológica materialista histórica e dialética, considerando as nações como integrantes do sistema mundial (análise sistêmica). A investigação foi desenvolvida por meio de uma análise descritiva e crítica, buscando a apreensão da realidade em sua totalidade. Com base no Produto Nacional Bruto (PNB) dos 07 (sete) países mais ricos do globo como, por exemplo, Alemanha, Japão, Itália, França, Grã-Bretanha, Canadá e Estados Unidos, fez-se uma comparação do PNB destes, com o dos países semi-periféricos afim de verificar a posição ocupada por estes na participação da riqueza mundial. Foi também objeto de investigação a participação das transnacionais na economia. |
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RESULTADOS: |
Em meados da década de 1990, países como, Estados Unidos, Japão, França, Alemanha e Reino Unido, partilhavam entre si 168 das 200 maiores empresas transnacionais. Estas 168 empresas eram responsáveis por 85,9% do volume global de negócios das 200 maiores. Já em 1998, os cinco países mencionados controlavam 170 empresas, que realizavam 86,5% do volume de negócios global das 200 maiores. Empresas como a General Motors tem um volume de negócios mais elevado que o Produto Nacional Bruto (PNB) da Dinamarca. Os países centrais responsáveis por 13% da população mundial, tinha entre 1990 a 1997 uma participação de 85% no fluxo total de capitais privados que circulava entra as nações. Em 2000 esses países já respondiam por 92% do fluxo de capitais. No que se refere a desigualdade entre os 20 países ricos, sede das maiores transnacionais, e os 20 mais pobres, medida pelo PIB per capita, era de 53,8 vezes em 1960 e salta para 121 vezes em 2004. A relação de desigualdade na repartição dos rendimentos dobrou em 30 anos em escala mundial (entre 1960 e 1990). |
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CONCLUSÕES: |
Com a pesquisa, verificou-se que o poder político (Estado) na lógica de acumulação capitalista é um elemento fundamental para a compreensão da dinâmica do sistema. Constatou-se que o poder político associa-se ao capital (empresas transnacionais) desde a gênese do capitalismo. A partir dessa associação entre o poder político e o dinheiro, é possível identificar a existência de padrões de acumulação que se desenvolveram nos últimos 5 (cinco) séculos. O fator fundamental que fez uma nação chegar a hegemonia do sistema produtor de mercadorias, como também o que fez ela ser superada por uma outra nação, tem sido a inovação institucional. Comparando o PNB dos 07 (sete) países mais ricos do globo com o PNB dos países da semi-periferia, constatou-se que os países centrais se mantiveram e se mantém na condição de países ricos há mais de um século. |
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Instituição de fomento: Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)
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Trabalho de Iniciação Científica
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Palavras-chave: Fluxo de capital; Produto Nacional Bruto; Capitalismo. |
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Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006 |
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