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B. Engenharias - 1. Engenharia - 12. Engenharia Química

TRATAMENTO DE EFLUENTES TÊXTEIS PELOS PROCESSOS DE H₂O₂/UV E OZONIZAÇÃO.

Jean Nonato Ribeiro dos Santos ^{1, 2}

Silvia Gabriela Schrank ^{1, 2}

Danillo Santos Souza ^{1, 2}

Elayne Emília Santos Souza ^{1, 2}

(1. Universidade Tiradentes / Unit; 2. Instituto de Tecnologia e Pesquisa / ITP)

INTRODUÇÃO:

Efluentes oriundos da indústria têxtil contém compostos de alto conteúdo de matéria orgânica, surfactantes, aditivos e de forte coloração. Como a cor dos efluentes é um dos indicadores importantes de poluição, remover a coloração dessas águas residuárias é uma das principais metas no tratamento. Processos Oxidativos Avançados, tais como ozônio e H₂O₂/UV têm sido utilizado para a degradação de uma ampla faixa de poluentes orgânicos, mineralizando-os em CO₂ e água.

O objetivo deste trabalho é estudar a remoção de coloração e Demanda Química de Oxigênio (DQO) de efluentes têxteis aplicando os processos H2O2/UV e ozonização.

METODOLOGIA:

Os experimentos foram realizados em um reator em batelada com capacidade de 1,5 litros. A mistura reacional dentro do reator foi mantida à agitação constante e foi utilizada uma lâmpada de vapor de mercúrio de 125W como fonte UV. O pH da solução foi ajustado para 3, 7 e 11. As análises de cor foram realizadas em um espectrofotômetro HACH DR2500 e as análises de Demanda Química de Oxigênio (DQO) de acordo com o Standard Methods. O efluente utilizado foi coletado ajunte a estação de tratamento de efluentes de uma indústria têxtil de Sergipe e possui uma DQO de 750 mgO₂/L.

RESULTADOS:

Os melhores resultados encontrados foram em pH 3 e concentração de H₂O₂2O₂. Contudo, existe uma concentração excelente na qual a remoção de cor é afetada. Este valor depende da composição do efluente a ser tratado.

Os resultados mostram também que a ozonização pode alcançar de 50% a 60% da remoção de cor do efluente estudado em pHs que variam de 3 a 11, depois do tratamento por 2 horas. Contudo, em condições neutras a remoção de DQO foi satisfatória. Neste pH, ambos caminhos de reação (direto e indireto) foram importantes, a remoção de cor foi 54% e DQO de 56%.

CONCLUSÕES:

O processo H₂O₂/UV alcançou melhores resultados na remoção de cor e DQO do efluente têxtil. Um estudo preliminar econômico mostrou que este mesmo processo com dosagem ótima de H₂O₂ é mais adequado para o tratamento de efluentes têxteis do que a ozonização.

Instituição de fomento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Sergipe / FAP-SE

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave: efluente têxtil; tratamento; processos oxidativos avançados.

Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006