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C. Ciências Biológicas - 4. Botânica - 2. Botânica Aplicada

Marcadore moleculares para cianobactérias hepatotóxicas em amostras ambientais.

Selma Gouvêa de Barros 1
Mariana Cabral de Oliveira 1
Fabricio Saglietti Meira Barros 1
Maria do Carmo Bittencourt-Oliveira 1
(1. Universidade de São Paulo)
INTRODUÇÃO:

Microcistinas são hepatotoxinas que causam inúmeras conseqüências danosas à Saúde Pública, como ocorreu em Caruaru-PE, ocasionando a morte de dezenas de pessoas em uma clínica de hemodiálise. Atualmente o monitoramento de cianobactérias e suas toxinas é obrigatória nos reservatórios de água destinados ao abastecimento público. O objetivo deste trabalho foi otimizar procedimentos metodológicos para detecção de genes envolvidos na biossíntese de microcistina (hepatotoxina liberada por cianobactérias)via PCR em amostras ambientais.

 

METODOLOGIA:
Foram coletadas amostras de águas da represa Billings (São Paulo/SP) e de um tanque ornamental no campus Luiz de Queiroz (Piracicaba/SP). Foram feitas reações de PCR a partir DNA extraído da amostra ambiental e de células intactas colocadas diretamente no tubo de PCR. Como controle positivo para cianobactérias foram utilizados os primers que amplificam o gene que codifica para c-ficocianina (PC). Para detectar cianobactérias produtoras de microcistinas foram utilizados primers que amplificam um dos genes da sintetase de microcistina (MS) e detecta potencialidade de produção desta hepatotoxina. Os primers MS foram desenhados especificamente para populações brasileiras de Microcystis. A comprovação da toxicidade desses corpos de água foram obtidas por HPLC.
RESULTADOS:
Houve amplificação de fragmentos de DNA para PC e MS, tanto em reações com células intactas quanto em DNA extraído da amostra bruta, indicando que no material analisado haviam cianobactérias tóxicas.
CONCLUSÕES:
É possível detectar a presença de populações de cianobactérias potencialmente tóxicas via PCR em amostra ambiental não necessitando passar pelo demorado procedimento de isolamento de cepas. Futuramente poderá ser aplicado como ferramenta acessória para atender a Portaria 518 - Ministério da Saúde.
Instituição de fomento: Fapesp, Pró Reitoria de Pesquisa-USP
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: cianobactéria; microcistina; PCR.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006