O objetivo deste trabalho consistiu em analisar quais as possíveis relações entre educação e desemprego. Para isso, nos referenciamos na Teoria do Capital Humano, na Teoria do Filtro, na Teoria da Fila, no Papel da Educação, das Habilidades Cognitivas e não Cognitivas e no Paradigma do Choque Tecnológico.

A proteção contra o desemprego dada pela educação será analisada pelo comportamento de algumas variáveis, como sexo, decil[1], pobreza, grau de escolaridade e filhos, que mostraram ter importância significativa no estudo aqui abordado. A fonte dos dados analisados neste trabalho foi a PNAD (Pesquisa Nacional de Amostra a Domicílio). Para a formulação de tabelas, gráficos e regressões foi utilizado o programa SPSS.

A probabilidade de a mulher ficar desempregada é sempre maior do que a do homem; os índices mostram que a probabilidade de se ficar desempregado, tendo sempre como base de comparação o primeiro decil da população, está caindo. O pobre sempre tem maior probabilidade de ficar desempregado do que aquele que não é pobre. A probabilidade de se ficar desempregado aumenta em todos os graus de escolaridade e a maior probabilidade está na faixa que engloba aqueles com segundo grau incompleto e completo.

As análises dos dados confirmaram alguns postulados teóricos e refutaram outros. Entre as conclusões mais importantes deste trabalho destaca-se o fato de que a educação protege, cada vez menos, do desemprego, inclusive dentre os altos níveis de escolaridade. Por outro lado, em todos os decis da população foi identificado o fato de que a probabilidade de se ficar desempregado está caindo tendo como base o primeiro decil da população.