| E. Ciências Agrárias - 6. Zootecnia - 2. Nutrição e Alimentação Animal |
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Efeito de fontes e concentrações de selênio na distribuição de selênio dos tecidos de cordeiros |
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| Francisco Rodrigo Martins 1 |
| Carlos Roberto Vion Júnior 1 |
| Guilherme Giacomin Palhares 1 |
| Fernanda Alves de Paiva 1 |
| Lisia Bertonha Correa 1 |
| Marcus Antonio Zanetti 1 |
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| (1. Universidade de São Paulo - USP) |
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| INTRODUÇÃO: |
A deficiência de selênio é responsável por uma série de doenças degenerativas específicas em animais domésticos, estando cada vez mais claro que quantidades adequadas desse mineral são essenciais para processos básicos como crescimento e reprodução (OLDFIELD, 1997). Alguns autores mostraram que o selênio advindo de fontes orgânicas pode ser incorporado diretamente às proteínas corporais, ficando retido e disponível para uma posterior utilização (BEILSTEIN e WHANGER, 1986), além de poder vir a ser ingerido pelo homem, cuja dieta em nosso país é deficiente neste mineral. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes fontes e concentrações de selênio na distribuição de selênio nos tecidos de cordeiros em confinamento. |
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| METODOLOGIA: |
O experimento foi conduzido na FZEA/USP, em Pirassununga/SP, por 84 dias. Foram utilizados 40 cordeiros, da raça Suffolk, com idade e peso inicial de 100 dias e 20kg, alojados em gaiolas de metabolismo.
Os tratamentos foram: A: Sem suplementação; B, C e D: 0,2; 0,8 e 1,4 ppm de Se suplementar /dia na forma de selenito de sódio, respectivamente; E, F e G: 0,2; 0,8 e 1,4 ppm de Se suplementar na forma de selêniolevedura, respectivamente e H, I e J: 0,2; 0,8 e 1,4 ppm de Se suplementar na forma de selenometionina, respectivamente.
Durante todo período experimental os animais receberam água "ad libitum", e ração total formulada segundo as recomendações do NRC para ovinos (1985), duas vezes ao dia.
O sal mineral usado foi formulado exclusivamente para o experimento sem a adição de fonte de selênio. Com exceção do tratamento onde não havia suplementação de selênio, as fontes de selênio testadas foram pesadas em balança de precisão, para fornecerem o nível suplementar desejado para cada dia experimental, com base na pesagem individual e quinzenal dos animais. As fontes foram misturadas ao fubá de milho imediatamente após a pesagem, ainda no laboratório, para evitar perdas até a utilização. Após jejum, os animais foram pesados e abatidos quando foram colhidas amostras de fígado, rim e músculo para a determinação dos teores de selênio |
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| RESULTADOS: |
Nenhuma das fontes de variação causou efeitos na concentração de selênio no rim (P>0,05). Entretanto, as concentrações de selênio no fígado foram influenciadas pelos tratamentos e pelos níveis suplementares (P<0,05), e no músculo, pelos tratamentos, níveis suplementares e fonte utilizada (P<0,0001).
As maiores concentrações de selênio no fígado foram mensuradas nos cordeiros suplementados com 1,4 ppm de Selênio/dia, seguidas pelos valores observados nos animais suplementados com 0,8 ppm. Os menores valores foram encontrados nos animais suplementados com 0,2 ppm de Selênio/dia, não sendo diferentes daqueles mensurados nos cordeiros não suplementados (P>0,05). Estes resultados reforçam a idéia de que o fígado fornece uma indicação acurada do status de selênio nos animais domésticos (ULLREY, 1987).
As concentrações de selênio foram maiores no músculo dos cordeiros que receberam 1,4 ppm de Se suplementar na fonte selênio-levedura, seguidos por aqueles que receberam 0,8 ppm na mesma fonte e 1,4 e 0,8 ppm na fonte selênio-metionina (P<0,001). Os menores valores foram encontrados nos animais não-suplementados, nos suplementados com selenito de sódio e naqueles que ingeriram 0,2 ppm de selênio em qualquer uma das fontes (P<0,001).
As fontes orgânicas proporcionaram maiores teores de selênio no músculo dos cordeiros do que a fonte inorgânica (P<0,0001), e ainda, os animais suplementados com 1,4 ppm Selênio/dia tiveram maior retenção muscular de selênio do que os outros animais. |
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| CONCLUSÕES: |
Fontes orgânicas promovem maior retenção de selênio no músculo de cordeiros propiciando maiores teores de selênio na carne para o consumo humano. |
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Instituição de fomento: FAPESP / Cnpq
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Trabalho de Iniciação Científica
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Palavras-chave: Sêlenio; Minerais; Cordeiros. |
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| Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006 |
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